sábado, 19 de julho de 2014
Luiz Pedro: Mobilidade urbana e bicicleta
Por Luiz Pedro
Nos últimos 10 anos, a frota brasileira de automóveis quase dobrou. Isso resultou em congestionamentos e aumento dos acidentes de trânsito. Em São Luís, o trânsito se tornou caótico. Soluções já adotadas em outras cidades, como o VLT (veículo leve sobre trilhos) ou as faixas exclusivas para ônibus articulados estão em cogitação e à espera de financiamento federal na capital maranhense. Não temos um Programa Estadual de Transporte Público, Mobilidade Intermunicipal e Urbana, o que pretendo propor ao chegar à Assembleia Legislativa como deputado.
Tendência crescente no mundo inteiro, a utilização da bicicleta como meio de transporte e de lazer cresce também no Maranhão. Em São Luís, milhares de pessoas utilizam a ¨magrela¨ para ir ao trabalho, ao estudo e para deslocamentos rápidos dentro da comunidade em que moram. Dezenas de grupos de ciclistas percorrem a cidade, especialmente à noite, e realizam incursões por municípios próximos e distantes.
O poder público não tem se mostrado atento a essa tendência. A cidade tem apenas 13 quilômetros de ciclovias contra 60 de Teresina e 65 de Belém, as duas capitais de Estado mais perto de nós. Essas ciclovias não são interligadas, impedindo uma utilização mais ampla. Elas também não são integradas ao transporte público, o que limita ainda mais o uso.
Essa situação precisa mudar. Na Prefeitura de São Luís, há projetos que permitiriam quase duplicar o número de quilômetros em ciclovia, mas o planejamento da instalação de novas ciclovias deve levar em conta a implantação em áreas de baixa renda e a possibilidade de integrar transporte público com ciclovias, com a criação de estacionamentos específicos para a bicicleta. Não há, porém, projeto de se criar estações de aluguel de bicicletas, algo comum na Europa (Copenhague, Amsterdã e Paris à frente) e que já é realidade em São Paulo e Rio de Janeiro.
O principal, entretanto, ainda está por ser feito por todas as esferas de governo (federal, estadual e municipal): ver e fazer ver que o modelo que privilegia o automóvel particular em detrimento do transporte público está falido e ultrapassado e que formas alternativas e saudáveis de transporte individual, como a bicicleta, devem ser incentivadas.
Ademais, temos um grupo de cidades de médias a grandes no Maranhão, em que o transporte público é deficiente ou inexistente e que precisam também ter seu Programa Municipal de Mobilidade Urbana. Imperatriz, Timon, Caxias, Codó, São José de Ribamar, Açailândia, Paço do Lumiar, Bacabal, Pinheiro, Balsas, Barra do Corda e Santa Inês necessitam desse instrumento e outras médias e pequenas cidades devem ser incentivadas a adotá-lo.
Essa nova forma de ver a cidade e sua mobilidade com certeza diminuirá o caos urbano, o estresse, o número de acidentes de trânsito (e suas consequências danosas como mortes, internações hospitalares, sequelas físicas e psicológicas, horas de trabalho perdidas) e aumentará a taxa geral de felicidade.
Luiz Pedro é jornalista, exerceu dois mandatos de deputado estadual, foi secretário municipal de Comunicação e presidente da Fundação de Cultura de São Luís. No governo Jackson Lago, foi secretário chefe de gabinete do governador e, atualmente, concorre por mais uma vez a uma vaga para o Legislativo estadual.
Nos últimos 10 anos, a frota brasileira de automóveis quase dobrou. Isso resultou em congestionamentos e aumento dos acidentes de trânsito. Em São Luís, o trânsito se tornou caótico. Soluções já adotadas em outras cidades, como o VLT (veículo leve sobre trilhos) ou as faixas exclusivas para ônibus articulados estão em cogitação e à espera de financiamento federal na capital maranhense. Não temos um Programa Estadual de Transporte Público, Mobilidade Intermunicipal e Urbana, o que pretendo propor ao chegar à Assembleia Legislativa como deputado.
Tendência crescente no mundo inteiro, a utilização da bicicleta como meio de transporte e de lazer cresce também no Maranhão. Em São Luís, milhares de pessoas utilizam a ¨magrela¨ para ir ao trabalho, ao estudo e para deslocamentos rápidos dentro da comunidade em que moram. Dezenas de grupos de ciclistas percorrem a cidade, especialmente à noite, e realizam incursões por municípios próximos e distantes.
O poder público não tem se mostrado atento a essa tendência. A cidade tem apenas 13 quilômetros de ciclovias contra 60 de Teresina e 65 de Belém, as duas capitais de Estado mais perto de nós. Essas ciclovias não são interligadas, impedindo uma utilização mais ampla. Elas também não são integradas ao transporte público, o que limita ainda mais o uso.
Essa situação precisa mudar. Na Prefeitura de São Luís, há projetos que permitiriam quase duplicar o número de quilômetros em ciclovia, mas o planejamento da instalação de novas ciclovias deve levar em conta a implantação em áreas de baixa renda e a possibilidade de integrar transporte público com ciclovias, com a criação de estacionamentos específicos para a bicicleta. Não há, porém, projeto de se criar estações de aluguel de bicicletas, algo comum na Europa (Copenhague, Amsterdã e Paris à frente) e que já é realidade em São Paulo e Rio de Janeiro.
O principal, entretanto, ainda está por ser feito por todas as esferas de governo (federal, estadual e municipal): ver e fazer ver que o modelo que privilegia o automóvel particular em detrimento do transporte público está falido e ultrapassado e que formas alternativas e saudáveis de transporte individual, como a bicicleta, devem ser incentivadas.
Ademais, temos um grupo de cidades de médias a grandes no Maranhão, em que o transporte público é deficiente ou inexistente e que precisam também ter seu Programa Municipal de Mobilidade Urbana. Imperatriz, Timon, Caxias, Codó, São José de Ribamar, Açailândia, Paço do Lumiar, Bacabal, Pinheiro, Balsas, Barra do Corda e Santa Inês necessitam desse instrumento e outras médias e pequenas cidades devem ser incentivadas a adotá-lo.
Essa nova forma de ver a cidade e sua mobilidade com certeza diminuirá o caos urbano, o estresse, o número de acidentes de trânsito (e suas consequências danosas como mortes, internações hospitalares, sequelas físicas e psicológicas, horas de trabalho perdidas) e aumentará a taxa geral de felicidade.
Luiz Pedro é jornalista, exerceu dois mandatos de deputado estadual, foi secretário municipal de Comunicação e presidente da Fundação de Cultura de São Luís. No governo Jackson Lago, foi secretário chefe de gabinete do governador e, atualmente, concorre por mais uma vez a uma vaga para o Legislativo estadual.
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