segunda-feira, 27 de abril de 2015
POESIA SEMPRE!
LEIA NA ÍNTEGRA O POEMA INÉDITO ‘LÚDICO’ DA OBRA INÉDITA ANTES DA AURORA DE AUTORIA DO POETA E ESCRITOR MARANHENSE FERNANDO ATALLAIA

Lúdico 
                                 
Brincava de pegar arco-íris com as mãos molhadas
Passava pela chuva escorregando como orvalhos entre as terras
Poeira de mundo na retina abençoada
Pegava os escorpiões pelo medo e as borboletas pelas asas

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Chorou ao ver as mangas caídas apodrecendo
Era como um beijo que à boca clama sem poder tocar ao menos a epiderme
Um dia sonhou em fazer do mundo uma casinha escondida nos matinhos do quintal
Havia crescido um mês a mais que os quase quarenta anos de cata-ventos desmilinguidos
Um homem novo na fachada sobre o velho homem não nascido

Chorou ao ver as mangas caídas apodrecendo
Era como um beijo que à boca clama sem poder tocar ao menos a epiderme

Desentendeu. Pois que as varandas da existência são como galhos onde redes não balançam
Acabou amanhecendo feito dia antes da aurora
Acabou
Amanhecendo.  

Fernando Atallaia, São José de Ribamar, Abril de 2015

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