quinta-feira, 22 de outubro de 2015
POESIA SEMPRE!
Leia na íntegra o poema ‘Seios’ da obra inédita A Casa de Almíscar de autoria do poeta e escritor maranhense Fernando Atallaia

SEIOS

Sei dos teus seios a inclinação, a crescente reentrância e o peso do mundo
A raiva/delícia das pequenas interferências a eles feitas
Sei como sabes que eu sei do leite e do agreste do mamilo direito
Sei dos teus seios como da margem sabe o rio: empunhando.

Apunhalando à beleza a superfície  presa pelos muitos silêncios
Alcova solitária aprisionada pelo não ardor
Sei dos teus seios como o último lugar do guerreiro cansado/fatigado pelo tempo
E lamento.
Lamento tão volumosa torre ser jogada as quartas/últimas intenções.


Sei dos teus seios como uma criança sabe dos líquidos da mãe
Da manjedoura aos acesos úteros recalcitrantes
As vulvas batendo às portas, lamentando.

Sei e como sei que estes seios são duas mãos debruçadas para o sim
Um aperto de calçadas onde passam os homens presos pelas repartições
Seios como praças onde os praças exibem olhares para as blusinhas da Gonçalves

Sei como sei dos dias. Um poeta vislumbrando esse universo tenro de chão em chão, Palpitando
Seios, lamparinas no vão
No vão de toda imaginação.


Fernando Atallaia, São José de Ribamar, Janeiro de 1997

3 comentários:

  1. Belíssima e inspiradora poesia abraço s Jorge black

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  2. O grande poeta Fernando Atallaia como sempre fazendo as poesias ecoarem em nossas imaginaçãoes. Poesia, arte e cultura! A beka feminina também faz parte das nossas rimas.

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  3. GRANDE POETA FERNANDO ATALLAIA, FOI PROFUNDO...

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