quinta-feira, 5 de maio de 2016

POESIA SEMPRE!
Leia na íntegra o poema ‘Sobre diafragmas apagados e noites inalcançadas’ da obra inédita Itinerário do Baixo-Forquilha: Noite, Putas e Poesia de autoria do poeta e jornalista maranhense Fernando Atallaia


Sobre diafragmas apagados e noites inalcançadas


Queria vagar como um vaga-lume

Bater a pedra na estrada no enlace na encruzilhada infinita

Queria ser o malho a porrada

O estopim absoluto
Aliciando átomo palavra a dor maldita


Dono. Proprietário. Senhor da última e extinta poça d’água

Queria a lua triste a escuridão virgem o lamber de janelas na Calçada  

Vagão penumbra candeeira faísca incessante

Ao pular a rasante o desvão 






casal-apaixonado-pelado-beijando-parede
Desejava a profundidade

Aquela e esta idade as muitas bocas errantes no porão

Aspirava saltar no mais

 


Desejava a profundidade

Aquela e esta idade as muitas bocas errantes no porão

Aspirava saltar no mais

Aspirava saltar

No mais das babas das meninas de 19

Abaixo a seca e os sertões dos lábios de repartições



Queria a puta mais bela donzela hímen frouxo ou brechas frestas

Uma mínima significância de mãos em cafezinhos o pomar Apodrecido nos feirais

Ademais volúpias no céu

Amor sacudindo terra sob os ipês

Os pés queimados prolongados aos sois a pinos

Findos trilhares a cada mês




A última órbita

Continuada.   

Ao tudo que perdura

Ao nada que atrai


Queria as vozes murmurantes

Como ao pegar do sol antes que

Caísse

A última órbita

Continuada.   

Ao tudo que perdura

Ao nada que atrai

Na vastidão de saliências retraídas os pães secos da confeitaria

Os pães secos da...

Reentrâncias conduzidas à mesma linear felicidade




A alma seguindo tenra no circular das 10 e 15

A alma seguindo torrando ideia e convulsão  

Introito para luzes que se beijam

Prefácio para luzes que se enroscam


Carícias mendigadas?

Queria a folhagem as anáguas as calcinhas  que viessem

Absinto opaco a ressuscitar 79 anos de páginas reviradas às vizinhas

E a ponte apontando umidades ao mito
Rito ternário sombra vagando corredores de vestidos  


Aponte

Como que num gozo de cães de estradas perpassados

A alma seguindo tenra no circular das 10 e 15

A alma seguindo torrando ideia e convulsão  

Introito para luzes que se beijam

Prefácio para luzes que se enroscam

A carne a baixo preço a grosso modo
Sob o desconto do retorno no entorno

Sob o desconto do acaso vivo-morto.



Fernando Atallaia, São José de Ribamar, Janeiro  de 2014

2 comentários:

  1. Não sei comentar poesia meu parceiro mas uma coisa é certa a mina ai da foto é gostosa pra caraio hehehehhehehhe sio valeu atalaia
    Robson aqui da sede teu fã

    ResponderExcluir
  2. LINDA POESIA ,NÃO PRECISA POSTA FOTOS ,PODERIA SER RASCUNHO NÃO FOTOGRAFIA. SÓ UMA DICA .

    ResponderExcluir

Postagens mais visitadas

Pesquisar em ANB

Nº de visitas

Central de Atendimento

FAÇA PARTE DA EQUIPE DA AGÊNCIA DE NOTÍCIAS BALUARTE

Denúncias, Sugestões, Pautas e Reclamações: agencia.baluarte@hotmail.com

atallaia.baluarte@hotmail.com

Sua participação é imprescindível!

Nossos Seguidores

Parceiros ANB