quarta-feira, 12 de abril de 2017
Mulher deficiente foi mantida como escrava
sexual durante oito anos
Presa em um cativeiro minúsculo, uma mulher foi
mantida por oito anos como escrava sexual de um casal na Irlanda do Norte.
Trancafiada entre 2004 e 2012 em um cômodo sem
entrada de luz, com apenas uma cama, um colchão, almofadas e uma lixeira, ela
foi encontrada tão traumatizada que se recusou a deixar o cativeiro. As
informações são da BBC e do The Guardian.
A vítima foi mantida presa pelo casal Keith
Baker, 61 anos, e Caroline, 54. Durante todos esses anos, eles mantinham relações
sexuais forçadas com a mulher.
Os dois foram condenados no último mês de março.
George Clarke, chefe da unidade de proteção pública da polícia da Irlanda do
Norte, definiu o caso como “o mais depravado e terrível crime” que ele já viu.
A mulher, que não teve a identidade divulgada,
foi salva graças a uma denúncia de Mandy Highfield, que é mãe de quatro dos
oito filhos de Keith Baker. Ela disse que não aguentava mais a situação.
Trancafiada entre 2004 e 2012 em um cômodo sem entrada de luz, com apenas uma cama, um colchão, almofadas e uma lixeira, ela foi encontrada tão traumatizada que se recusou a deixar o cativeiro. |
“Não era justo.” Mandy era a segunda esposa de
Baker e os três viviam juntos na mesma residência que a escrava sexual.
As investigações descobriram que, em diversos
casos, a violência sexual era filmada por uma câmera acoplada ao teto do
quarto.
Nas imagens, é possível ver como a mulher
definhou através dos anos. Ao ser encontrada, ela tinha apenas um dente na boca
e pesava 38kg. Os policiais também afirmaram que ela tinha deficiência na
capacidade de aprendizagem.
“Keith tirou a maçaneta da porta. Não havia
lâmpadas, tapete ou cortinas nas janelas”, disse Mandy. “Como podiam tratar
alguém como ela, que é deficiente, dessa forma?”, questionou.
Para os investigadores, a vítima deve ter sido
traficada da Inglaterra para a Irlanda do Norte em 2004. Keith chorou no
julgamento quando as imagens dos abusos cometidos por eles foram apresentadas.
Já Caroline apenas olhava para baixo. O homem
foi condenado a 15 anos de prisão, mais 5 de liberdade condicional. Sua esposa
ficará 18 meses presa e mais 18 em liberdade condicional. “Os abusos e o medo
com que ela convivia atingiram patamares grotescos. Isso virou a sua vida
normal”, afirmou o policial George Clarke.
AS INFORMAÇÕES SÃO DO PRAGMATISMO
EDIÇÃO DE ANB ONLINE
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