quinta-feira, 5 de janeiro de 2017
Prefeito Domingos Dutra
se reuniu com feirantes e garantiu melhorias na feira do Maiobão
O
prefeito Domingos Dutra (PCdoB), se reuniu nesta quarta (4), com feirantes de
Paço do Lumiar para ouvir suas reivindicações e garantir aos mesmos melhorias na feira do Maiobão.
O
prefeito adiantou que o comércio ali praticado ganhará maior organização objetivando atrair mais clientes. As inadequações das barracas e
a falta de organização do trânsito no
local também foram apontados como ‘dificuldade’ para quem quer ter acesso à
feira, pelo prefeito.
O prefeito Domingos Dutra (PCdoB), se reuniu nesta quarta (4), com feirantes de Paço do Lumiar para ouvir suas reivindicações e garantir aos mesmos melhorias na feira do Maiobão. |
Dutra frisou ainda que estudos já estão sendo realizados para que medidas de acessibilidade
sejam implementadas no perímetro, com o objetivo de garantir acesso livre para quem frequenta a feira, diariamente.
Ele
ainda destacou que o esforço de sua gestão será para até dezembro de 2017 entregar
o Horto Mercado aos luminenses. A reunião contou com a presença de diversas
lideranças ligadas ao comércio de Paço, além dos feirantes e donas de casa.
COM INFORMAÇÕES DO BLOG DO RILTON
Cavalo comove família de vaqueiro morto ao 'se despedir' do dono na PB
Levado para velório, cavalo reclinou a cabeça no caixão, em Cajazeiras.
Irmão do vaqueiro morto disse que vai cuidar e manter o cavalo na família.
Um cavalo comoveu a família e os amigos do vaqueiro
paraibano Wagner Figueiredo de Lima, que morreu em um acidente de moto
na madrugada do dia 1º de janeiro. O animal foi levado para se despedir
do dono - e ao ser colocado próximo ao veículo onde estava o corpo,
deitou a cabeça sobre o caixão, um momento que chamou a atenção de todos
que foram ao velório de Wagner de Lima. O enterro do vaqueiro aconteceu na tarde desta terça-feira (3) na cidade de Cajazeiras, Sertão da Paraíba. Com a morte do irmão, Wando disse que vai assumir a responsabilidade de manter e cuidar de "Sereno". |
Com a morte do irmão, Wando disse que vai assumir a responsabilidade de manter e cuidar de "Sereno".
Segundo ele, o cavalo, que já estava há oito anos com Wagner vai ficar "para sempre" com a família.
Wagner de Lima Figueiredo tinha 34 anos e além de vaqueiro era funcionário da Prefeitura de Cajazeiras, no sertão da Paraíba. Wagner morreu na madrugada do dia 1º em um acidente de moto no estado do Rio Grande do Norte. Ele estava sozinho na motocicleta no momento do acidente e chegou a ser socorrido para um hospital da cidade de Mossoró, onde passou por cirurgia, mas morreu.
AS INFORMAÇÕES SÃO DO G1PB
EDIÇÃO DA AGÊNCIA BALUARTE
Assaltante de banco se explode acidentalmente com banana de dinamite em Turilândia
Um assaltante se explodiu acidentalmente com uma banana de dinamite no povoado Vila da Paz na cidade de Turilândia. O homem que carregava nas costas uma mochila com os explosivos ficou partido ao meio.PARTIDO AO MEIO Até o momento o nome e lugar de origem do homem ainda não foi descoberto. |
Até o momento o nome e lugar de origem do homem ainda não foi descoberto. A imagem acima chocou os maranhenses.
AS INFORMAÇÕES SÃO DO BLOG D VANDOVAL
EDIÇÃO DA AGÊNCIA BALUARTE
Câmara aprovou primeiras medidas da gestão Luís Fernando
A Câmara Municipal de São José de Ribamar aprovou, em sessão extraordinária na tarde desta terça-feira (03), matérias do Executivo Municipal. Nas duas sessões realizadas, segunda e terça-feira, atendendo à convocação feita pelo prefeito Luis Fernando Silva (PSDB), os vereadores ribamarenses aprovaram por unanimidade os cinco projetos encaminhados.NO RUMO DO DESENVOLVIMENTO A Câmara Municipal de São José de Ribamar aprovou, em sessão extraordinária na tarde desta terça-feira (03), matérias do Executivo Municipal. |
As matérias aprovadas pela Câmara são
parte do conjunto de dez medidas anunciadas pelo prefeito no primeiro
dia da sua gestão. As cinco mensagens dispõem respectivamente sobre a
reinstituição do Projeto Meninos do Santuário, sobre a instituição do
Projeto Voluntariado Municipal, dispõe sobre o Programa de Recuperação
de Créditos Fiscais (PREFIS), fixa novo salário mínimo para os
servidores públicos e reorganiza a estrutura da administração direta do
Município.
Na nova gestão o Executivo funcionará
com as seguintes pastas: Secretaria Municipal de Planejamento,
Administração e Finanças (SEMPAF), Secretaria Municipal da Receita e
Fiscalização Urbanística (SEMREC), Secretaria Municipal de Transporte
Coletivo, Trânsito e Defesa Social (SEMTRANS), Secretaria Municipal de
Educação (SEMED), Secretaria Municipal de Saúde (SEMUS), Secretaria
Municipal de Assistência Social, Trabalho e Renda (SEMAS), Secretaria
Municipal do Ambiente (SEMAM), Secretaria Municipal de Turismo, Cultura,
Esporte e Lazer (SEMTUR), Secretaria Municipal da Juventude (SEMJUV),
Secretaria Municipal de Agricultura, Pesca e Abastecimento (SEMAGRI),
Secretaria Municipal de Regularização Fundiária e Cidadania (SEMREF),
Secretaria Municipal de Obras, Habitação, Serviços Públicos e Urbanismo
(SEMOSP), Secretaria Municipal de Recuperação e Manutenção da Malha
Viária, Prédios e Logradouros Públicos (SEMMAV).
O presidente da Câmara, Beto das Vilas: ''A aprovação dessas medidas é essencial para que o prefeito possa iniciar imediatamente o trabalho no município. A população espera por melhorias em todas as áreas. A volta de projetos importantes como Meninos do Santuário e Voluntariado mostram o interesse da nova administração em colocar o município no rumo do desenvolvimento''. |
Para o prefeito Luis Fernando, a
aprovação dos projetos foi de suma importância para o funcionamento das
políticas públicas na nova administração. “Além da reforma
administrativa aprovada, imprescindível para o bom funcionamento da
gestão, os projetos da área social (Voluntariado Municipal e Meninos do
Santuário) influenciam diretamente no resgate da autoestima do
ribamarense. São projetos que dignificam as pessoas e valorizam os
esforços de reconstruirmos uma cidade melhor para todos”, disse.
Na mesma linha de raciocínio avaliou o
presidente da Câmara, Beto das Vilas: “A aprovação dessas medidas é
essencial para que o prefeito possa iniciar imediatamente o trabalho no
município. A população espera por melhorias em todas as áreas. A volta
de projetos importantes como Meninos do Santuário e Voluntariado mostram
o interesse da nova administração em colocar o município no rumo do
desenvolvimento”.
“Por outro lado, o projeto que fixa o
novo salário mínimo e o que dispõe sobre PREFIS contribuem diretamente
para a recuperação da nossa economia, ajudando no enfrentamento à crise
econômica que o país vive atualmente”, complementou o prefeito Luis
Fernando.
Uma longa lista de desejos
Vai ser difícil esquecer 2016 pelas péssimas memórias, a corrupção lavando à Jato, os populismos de
esquerda ou de direita espalhados pelo mundo , Turquia, Polônia, Hungria
de um lado, Venezuela, Cuba de outro — e passando por aqui.
Já que estamos em 2017, para o jornalismo temos muito a desejar. A lista é longa:
Que a cultura ocupe mais espaço na mídia que a economia.
Que a economia ganhe mais espaço que a política.
Que as manchetes de política não sejam sinônimo de corrupção.
Que a corrupção não conste de todas as matérias da rubrica política.
Que os jornais de TV e rádio se dissociem da cobertura policial ,sangue , assassinatos, estupros.
Que a cobertura do Rio de Janeiro fique distante da violência e que da paisagem da Cidade Maravilhosa não constem fuzis, barricadas, coletes anti-balas.
Que o pastor e prefeito eleito do Rio, Marcelo Crivella, troque os votos
que fez em seu discurso de posse de, “em vez de qualquer acusação de
jornal, uma oração em favor da vida humana…”, para “que continuem as
acusações de jornal em favor da vida humana”.
Que a mídia nos presenteie com artigos, matérias e notícias que façam pensar, refletir, produzir, substituindo a atual obsessão por corrupção, violência , desemprego.
Que a sociedade brasileira refletida na mídia não nos deprima ou nos afaste tanto do comportamento das sociedades do Primeiro Mundo, e que não nos envergonhe com deslumbramentos, mesquinharias, ignorâncias.
Que os profissionais que cobrem cultura no rádio e TV aprendam a pronúncia francesa e não poluam nossos ouvidos pronunciando qualquer idioma com sotaque fajuta aprendido nos filmes americanos.
Que ao ler ou ouvir notícias, o brasileiro recupere o orgulho de ser cidadão.
Que possamos elogiar ao menos uma medida publicada entre as adotadas por um governante, seja ele quem for.
Que as redes sociais não confundam, chutem ou enrolem tanto.
Que a imprensa brasileira seja bem escrita e ilustrada, e dê prazer em ler e ver.
Que surjam mais Piauís ou que, pelo menos, a já existente não desapareça.
Que as páginas de cultura tratem de cultura e não de blockbusters.
Que a educação seja prioridade dos governos para leitores, ouvintes. Que os inventivos criadores de blogs não assassinem a língua portuguesa solapada por asaps, memora, xos, spoilers; que desenvolvam capacidade crítica e não embarquem nos populismos de um lado ou do outro.
Que a imprensa de papel sobreviva junto com a virtual, assim como o papel e a caneta Bic.
Que o essencial seja o conteúdo e não o suporte.
Que o pensamento mágico não se destrua por falta de alimento da mídia.
Que assim seja 2017 no jornalismo.
Alberto Dines é jornalista, escritor e cofundador do Observatório da Imprensa
Por Alberto Dines |
Já que estamos em 2017, para o jornalismo temos muito a desejar. A lista é longa:
Que a cultura ocupe mais espaço na mídia que a economia.
Que a economia ganhe mais espaço que a política.
Que as manchetes de política não sejam sinônimo de corrupção.
Que a corrupção não conste de todas as matérias da rubrica política.
Que os jornais de TV e rádio se dissociem da cobertura policial ,sangue , assassinatos, estupros.
Que a cobertura do Rio de Janeiro fique distante da violência e que da paisagem da Cidade Maravilhosa não constem fuzis, barricadas, coletes anti-balas.
Que a mídia nos presenteie com artigos, matérias e notícias que façam pensar, refletir, produzir, substituindo a atual obsessão por corrupção, violência , desemprego.
Que a sociedade brasileira refletida na mídia não nos deprima ou nos afaste tanto do comportamento das sociedades do Primeiro Mundo, e que não nos envergonhe com deslumbramentos, mesquinharias, ignorâncias.
Que os profissionais que cobrem cultura no rádio e TV aprendam a pronúncia francesa e não poluam nossos ouvidos pronunciando qualquer idioma com sotaque fajuta aprendido nos filmes americanos.
Que ao ler ou ouvir notícias, o brasileiro recupere o orgulho de ser cidadão.
Que possamos elogiar ao menos uma medida publicada entre as adotadas por um governante, seja ele quem for.
Que as redes sociais não confundam, chutem ou enrolem tanto.
Que a imprensa brasileira seja bem escrita e ilustrada, e dê prazer em ler e ver.
Que surjam mais Piauís ou que, pelo menos, a já existente não desapareça.
Que as páginas de cultura tratem de cultura e não de blockbusters.
Que a educação seja prioridade dos governos para leitores, ouvintes. Que os inventivos criadores de blogs não assassinem a língua portuguesa solapada por asaps, memora, xos, spoilers; que desenvolvam capacidade crítica e não embarquem nos populismos de um lado ou do outro.
Que a imprensa de papel sobreviva junto com a virtual, assim como o papel e a caneta Bic.
Que o essencial seja o conteúdo e não o suporte.
Que o pensamento mágico não se destrua por falta de alimento da mídia.
Que assim seja 2017 no jornalismo.
Alberto Dines é jornalista, escritor e cofundador do Observatório da Imprensa
Tentativa de assalto termina com um morto e dois feridos em São José de Ribamar
Dois criminosos iriam tentar assaltar uma lanchonete no Rio São João.
Um homem reagiu e baleou suspeitos; na troca de tiros um cliente morreu.
Uma pessoa morreu e outras duas ficaram feridas durante uma tentativa
de assalto a uma lanchonete, no começo da noite desta quarta-feira (4),
no Rio São João, em São José de Ribamar.
O comandante do 13º Batalhão da Polícia Militar (BPM), o coronel Alexandre Santos, afirmou que os criminosos chegaram em uma motocicleta e anunciaram o crime. Um homem teria reagido e baleado os bandidos. Na troca de tiros, uma terceira pessoa acabou morrendo ao ser alvejada.
"Não sabemos quem foi o autor dos disparos, pois o mesmo se evadiu após o incidente. Sabemos apenas que foi uma tentativa de assalto que terminou
com um dos bandidos no hospital" afirmou o comandante.
Um dos criminosos, mesmo ferido conseguiu fugir do local. O outro foi detido pela Polícia Militar e encaminhado para o Hospital Municipal Clementino Moura (Socorrão 2), na Cidade Operária, em São Luís. A identidade do homem que morreu ainda não foi divulgada. Ele seria um morador do Píndai.
AS INFORMAÇÕES SÃO DO G1MA
EDIÇÃO DE ANB ONLINE
O comandante do 13º Batalhão da Polícia Militar (BPM), o coronel Alexandre Santos, afirmou que os criminosos chegaram em uma motocicleta e anunciaram o crime. Um homem teria reagido e baleado os bandidos. Na troca de tiros, uma terceira pessoa acabou morrendo ao ser alvejada.
Uma pessoa morreu e outras duas ficaram feridas durante uma tentativa de assalto a uma lanchonete. |
Um dos criminosos, mesmo ferido conseguiu fugir do local. O outro foi detido pela Polícia Militar e encaminhado para o Hospital Municipal Clementino Moura (Socorrão 2), na Cidade Operária, em São Luís. A identidade do homem que morreu ainda não foi divulgada. Ele seria um morador do Píndai.
AS INFORMAÇÕES SÃO DO G1MA
EDIÇÃO DE ANB ONLINE
De mãos atadas, Temer debate estratégia para caos penitenciário
Presidente não comentou massacre em presídio de
Manaus. Estados temem onda de rebeliões em cadeias.
Enterro de um dos 56 corpos de presos assassinados
em Manaus.
|
O ministro da Defesa, Raul Jungmann, diz que o
massacre de 56 presos em Manaus era um “desastre anunciado”. O ministro da
Justiça, Alexandre de Moraes, por sua vez, afirma que o sistema prisional é um
“barril de pólvora” que existe há décadas no Brasil. E o presidente Michel
Temer nada fala sobre o assunto. Apesar dos diagnósticos apresentados por
alguns de seus auxiliares, o chefe do Executivo até agora se calou publicamente
diante da maior chacina brasileira desde o massacre do Carandiru, no ano de
1992. Os 111 assassinatos na penitenciária paulista naquele ano resultaram na
criação da maior facção criminosa do país, o Primeiro Comando da Capital (PCC)
– grupo esse que agora foi vítima da chacina amazonense.
Pressionado, só nesta quinta-feira, três dias após o
massacre manauara, o presidente pretende reunir ministros do núcleo de
segurança (Justiça, Defesa, Gabinete de Segurança Institucional, Advocacia-Geral
da União e Transparência) para debater algumas soluções para o problema
penitenciário brasileiro. Desde que assumiu a presidência, em maio passado, ele
encomendou um Plano Nacional de Segurança, mas até agora ele não foi
apresentado – a promessa é que esteja pronto até o fim deste mês. A estratégia
de comunicação da gestão peemedebista até o momento era de não trazer para si
uma responsabilidade que é dos Estados (a segurança penitenciária) e de
minimizar a guerra entre facções como o motivo para as mortes _ por trás das
mortes em Manaus está o fim do pacto de convivência entre o PCC e a maior
facção criminosa do Rio, o Comando Vermelho. A razão para o silêncio
presidencial, no entanto, não é só o temor de abraçar um problema
alheio. Faltam recursos públicos para sanar o problema e estratégias unificadas
para evitar novas rebeliões.
Um levantamento feito pelo jornal Folha de S.
Paulo mostrou que nos últimos dois anos, o governo federal reduziu em 85% o
valor que repassava para os Estados dentro do programa para construção de novos
presídios. Na semana passada, antes das mortes no Amazonas, a gestão Temer
anunciou que liberaria 1,2 bilhões para todos os Estados brasileiros
construírem ao menos duas penitenciárias cada um. O objetivo dos novos
empreendimentos é diminuir a superlotação carcerária, mas especialistas repetem
que será mais estratégia inócua enquanto não forem atacados os motivos de
fundo das detenções em massa. O último censo penitenciário, de 2014, mostra que
há 622.000 detentos nas cadeias brasileiras, onde deveriam estar no máximo
372.000.
Além do excesso de presos, as mortes ocorridas nos
primeiros dois dias deste ano trouxeram uma grande preocupação para o Governo:
a possibilidade de que uma onda de rebeliões ocorra em outros presídios pelo
país e que o PCC retalie os ataques que sofreu da facção Família do Norte, tida
como aliada do Comando Vermelho. Em regiões onde a FDN não atua, como o
Centro-Oeste, Sul e Sudeste, há o temor de que o PCC queira apenas se reafirmar
como o suposto “líder das prisões”.
Setores de inteligência do Ministério da Justiça se
comunicaram com representantes das 27 unidades da federação para aumentar o
monitoramento dos presídios e, se necessário, reforçar a segurança para evitar
novos motins. Ainda assim, nesta quarta-feira um princípio de rebelião em uma
penitenciária de Patos, no sertão da Paraíba, resultou na morte de dois
detentos. As razões do motim ainda estão sendo apuradas.
O receio de um aumento na violência prisional atinge
inclusive grupos de detentos. Em uma prisão de Dourados, no Mato Grosso do Sul,
presos iniciaram uma rebelião porque disseram ter visto um drone sobrevoando o
pátio do presídio e lançado um pacote. De acordo com agentes prisionais, a
suspeita é que armas teriam sido deixadas para detentos e seus rivais
denunciaram o delito. “Depois de Manaus, todo mundo está paranoico por aqui. É
um inimigo denunciando o outro. Acham que a qualquer momento alguém pode
começar uma carnificina”, afirmou um agente penitenciário de Dourados.
O caos penitenciário e o barril de pólvora, como
disse Moraes, de fato não é novo. Ano após ano relatórios de instituições
públicas e de organizações não governamentais e demonstraram uma série de
riscos. A Humans Right Watch, por exemplo, reforçou nesta quarta-feira, algumas
das preocupações que as ONGs do setor têm. Em um comunicado à imprensa, a
instituição pediu que o Governo brasileiro retome o controle de seu sistema
prisional. “O fracasso absoluto do Estado nesse sentido viola os direitos dos
presos e é um presente nas mãos das facções criminosas, que usam as prisões
para recrutar seus integrantes”, afirmou a diretora da HRW no Brasil, Maria
Laura Canineu.
Especificamente no caso de Manaus, o ministro Moraes
replicou na esfera federal uma estratégia que a gestão de São Paulo usa há
anos, a de minimizar a ação das facções criminosas. Na administração paulista,
onde o hoje ministro foi secretário de Segurança, é comum as autoridades
evitarem atribuir um ato ou outro ao PCC. Desde que passou a falar sobre a questão
amazonense, o ministro diz que apenas a guerra de facções não explica a
tragédia da penitenciária, ainda que documento oficial de dezembro elaborado
por um órgão agora vinculado ao Ministério da Justiça alertasse explicitamente
para a tensão entre grupos criminosos no Estado e criticasse a atitude
"omissa" da administração estadual.
Governo do Amazonas sob pressão
Como porta-voz do Governo, o ministro da Justiça aumentou
nesta quarta-feira a pressão sobre o governador Governo José Melo (PROS).
Afirmou que as autoridades do Amazonas já sabiam, antes do massacre, da
possibilidade de uma fuga em massa dos presídios do Estado. A segurança foi
reforçada, mas não foi capaz de evitar que quase duas centenas de pessoas
fugissem. “Há relatos de que a secretaria de Segurança tinha informações de que
poderia ocorrer uma fuga entre o Natal e o Ano Novo. Exatamente por isso,
segundo as autoridades locais, foi reforçada a segurança local e eles passaram
a monitorar o dia a dia”, disse Moraes.
Mesmo com esse risco de fuga, a festa de fim de ano
da penitenciária não foi suspensa. Membros do Executivo local dizem que ela já
era uma tradição e, por essa razão, não poderia deixar de ocorrer. Em
entrevista à rádio CBN, José Melo disse que não havia "santos" entre
os mortos. “Não tinha nenhum santo. Eram estupradores, matadores (...) e
pessoas ligadas a outra facção, que e minoria aqui no Estado do Amazonas”,
afirmou.
Não é a primeira vez que a administração de Melo se
vê confrontada por suspeitas ligadas ao presídios do Estado. Em outubro de
2014, um diálogo gravado entre o então secretário de Justiça do Governo de
Melo, major Carliomar Brandão, e um traficante tratava do apoio da facção Família
do Norte à reeleição do governador. Os presos prometeram 100.000 votos para
ele, caso ele não prejudicasse o grupo criminoso. Melo, que nega qualquer
ligação com o grupo, foi reeleito _e a investigação da Polícia Federal não
avançou. Em 2015, foi a Polícia Federal quem relatou encontro entre o então
secretário de Administração Penitenciária do Estado, o coronel reformado
Louisimar Bonates, com um grande chefe da FDN para negociar uma trégua. Os
planos da Família do Norte foram frustrados, então, por uma operação da PF para
atacar o esquema de tráfico internacional da facção. Bonates pediria demissão
"por motivos pessoais" dias depois.
AS INFORMAÇÕES SÃO DO REPÓRTER AFONSO BENITES, DO EL
PAÍS
EDIÇÃO DA AGÊNCIA BALUARTE
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