sábado, 6 de dezembro de 2014
Queda na bolsa reflete falta de credibilidade e incertezas no cenário
Bovespa movimentou, em novembro, R$ 130,20 bi, ante R$ 250,16 bi em outubro
Jornal do Brasil
Entre os motivos para o mau desempenho estariam o tombo das ações do grupo de Eike Batista |
O analista da Socopa, Nicolas Takeo, destaca um momento de cautela de investidores do mundo inteiro, que estariam aguardando anúncios com a nova equipe da presidência do país. Ele ressalta ainda questões internacionais, relacionadas à economia europeia e norte-americana, que contribuem para esse "sentimento de cautela". "O mercado precisa aguardar para que tenha um cenário mais claro", explica.
Aurélio Valporto, economista da Associação Nacional de Proteção aos Acionistas Minoritários, acredita que a perda de volume da Bovespa se deve à perda de credibilidade do Brasil como ambiente de negócio. Ele cita o caso das empresas do Grupo X de Eike Batista, que "mostrou ao mundo que o Brasil não é ambiente sério para negócios". Ele lembra ainda que o Ministério Público Federal iniciou investigação contra o presidente da bolsa Edemir Pinto, por suposta participação em insider trading no caso Eike Batista.
"A Bolsa tem comportamento suspeito", acredita. Mesmo após o caso de Eike, a Bovespa negou o pedido dos acionistas minoritários da OGX para que a empresa saísse da lista do Novo Mercado. A questão, de acordo com ele, é que se buscou "manter a OGX no Novo Mercado só para proteger o Eike", como se a empresa atendesse às exigências de governança corporativa. "Nem as taxas de juros elevadas do Brasil estão sendo suficientes para atrair capital. Nem elas serviram para compensar", completa.
Ministério Público do Maranhão aciona ex-prefeito de Lima Campos por improbidade administrativa
Do MPMA
O Ministério Público do Maranhão (MPMA), por meio da 1ª Promotoria de Justiça de Pedreiras e do Grupo de Promotores Intinerantes (GPI), ajuizou Ação Civil Pública por ato de Improbidade administrativa e ofereceu Denúncia, em setembro, contra o ex-prefeito de Lima Campos, Francisco Geremias de Medeiros.
As ações – assinadas pelos promotores de justiça, Sandra Soares Pontes, Gustavo de Oliveira Bueno, Tarcísio José Sousa Bonfim e André Charles Alcântara Martins Oliveira – foram motivadas por várias irregularidades apontadas no Acórdão PL/TCE nº 85/2011, do Tribunal de Contas do Estado (TCE).
As ilicitudes praticadas por Francisco Medeiros, na condição de ordenador de despesas, estão relacionadas à ausência de procedimentos licitatórios na contratação de bioquímico, na locação de imóvel para funcionamento do laboratório de Bioquímica e na aquisição de material de expediente, de gêneros alimentícios e de medicamentos.
Ex-prefeito de Lima Campos, Francisco Geremias de Medeiros: ilicitudes, ilicitudes, muitas ilicitudes |
Nos termos da Ação Civil, “o ex-prefeito de Lima Campos contratou as empresas sem cumprir a lei, causando dano ao patrimônio público”. De acordo com os promotores de justiça, o prejuízo causado está quantificado em aproximadamente R$ 434.936, equivalente ao valor dos serviços e bens adquiridos de forma ilícita, sem licitação.
O MPMA requer a condenação do requerido nas sanções descritas no art. 12, II, da Lei 8.429/92, referentes ao ressarcimento dos danos patrimoniais e morais causados; suspensão dos direitos políticos, sem prejuízo das demais penalidades.
Na esfera criminal, o Parquet requer a condenação do denunciado nos termos do artigo 89 da Lei de Licitações (8.666/93), o qual prevê a pena de três a cinco anos de detenção por “dispensar ou inexigir licitação fora das hipóteses previstas em lei, ou deixar de observar as formalidades pertinentes à dispensa ou à inexigibilidade”.
Criado em 2013, o GPI é composto de 10 promotores de justiça e tem como objetivo auxiliar no desempenho das atividades processuais e extraprocessuais junto às Promotorias de Justiça, na capital e no interior do Maranhão, quando o elevado número de procedimentos administrativos justificar a sua atuação.
A cidade de Lima Campos está localizada a 260 km da capital, São Luís.
Professor dava biscoito com esperma aos alunos
O longo processo judicial envolvendo um professor de Los Angeles, da terceira série, que vendava os olhos de seus alunos e os forçava a comer biscoitos feitos usando seu sêmen, finalmente terminou, após um acordo entre o distrito escolar e as vítimas, que chega ao valor de 360 milhões de reais.
Mark Berndt, de 63 anos, tinha sido um professor do Distrito Escolar Unificado de Los Angeles durante 30 anos, quando um comportamento terrível foi exposto em 2012. Uma balconista de farmácia, de 19 anos, chamou a polícia depois de ver fotos do professor de estilo bondage, um tipo específico de fetiche, onde vendava os olhos das crianças para realizar suas ações.
Os investigadores descobriram uma história de “comportamento estranho” do professor |
Os investigadores descobriram uma história de “comportamento estranho” do professor, no início da carreira docente, nos anos 80, incluindo cerca de 800 fotos que mostravam crianças vendadas comendo bolinhos de sêmen, ou em uma colher, além de baratas rastejando sobre eles.
Os advogados das 81 crianças informaram que as acusações mencionavam que Mark se dava prazer na frente dos alunos no início dos anos 90. Alguns pais tentaram denunciar o caso às autoridades no passado, mas o fato de serem mais pobres fazia com que acabassem convencidos pela escola a não tomar nenhuma atitude.
Mark não contestou, em novembro passado, as acusações de conduta lasciva, e está cumprindo uma sentença de prisão de 25 anos. Ele não foi demitido após ser preso para que tecnicamente se aposentasse com uma pensão. O professor se declarou culpado de alimentar os alunos com biscoitos de sêmen. Um ex-juiz foi designado para dividir os 360 milhões entre as famílias das crianças abusadas, com base na extensão do trauma que o professor lhes causou.
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