sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Todo mundo quer amar


um álbum que celebra as parcerias. Canções que nasceram nas mãos de Zé Paulo Becker e na pena de Paulo César Pinheiro para ganhar vida no violão de Zé Paulo e na voz de Marcos Sacramento. Três vértices da cultura brasileira formando um trio de grandes – e múltiplos – talentos.


Por Beto Feitosa

Digestivo Cultural




A ideia original de Zé Paulo era registrar algumas composições inéditas para colocar na internet. Produção entre amigos logo pensou na voz de Sacramento, convite imediatamente aceito. A seleção inicial, feita pelos dois, tinha um forte traço em comum: todas tinham letra com a assinatura de Paulo César Pinheiro. Ali nascia a ideia de um disco.

Zé Paulo Becker e Marcos Sacramento: canções ensolaradas e grandes parcerias

Músicas de amor. Todas as 14 canções falam sobre o sentimento em tons variados. O tema universal é terreno fértil para o hábil letrista criar novas poesias. E elas chegam nas formas livres de sambas e suas vertentes. “Escuta o samba, chega pro samba, entra no samba, vem”, convidam de cara com intimidade e propriedade. Essas credenciais os três conhecem bem, estão em casa. Seja em arranjos que juntam uma verdadeira orquestra popular ou no intimismo da voz, do violão e do piano.


Marcos Sacramento é intérprete notório de vários sambas, mas seu repertório é amplo e abrange várias bossas brasileiras. Virtuose no violão, Zé Paulo Becker foi conquistado pela linguagem da música popular enquanto planejava se dedicar a um repertório erudito. Paulo César Pinheiro é poeta nato, compositor compulsivo, acumulando um dos maiores – e melhores – acervos de letras na música brasileira contemporânea.

O time convidado para agregar e executar esses arranjos é digno de qualquer seleção campeã. Além do próprio Zé Paulo Becker (violão e arranjos), traz Rogério Caetano no violão de sete cordas, Leandro Braga no piano, Bebê Kramer no acordeom, Márcio Almeida e Luciana Rabello revezando o cavaquinho. O naipe de sopros junta Humberto Araújo, Fabiano Segalote, José Arimatéa, Silvério Pontes e Rui Alvin. A cozinha fica com Pedro Aune no baixo acústico e nas percussões passam Flavinho Miúdo, Bernardo Aguiar, Paulino Dias e Marcelinho Moreira.

Todo mundo quer amar traz o samba popular em linhagem sofisticada. A poesia precisa de Paulo César, o violão elegante de Zé Paulo e a interpretação explosiva de Sacramento: um encontro que não tem chance de erro e nem dúvidas. “Moço com molejo e moça com cintura bamba / E quem é de fora até pára para admirar”. A gente samba junto.

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