sábado, 20 de julho de 2013

Sede do governo do Espírito Santo é depredada durante protesto  


COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM VITÓRIA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

 

O Palácio Anchieta, sede do governo do Espírito Santo, foi apedrejado e teve as vidraças destruídas ontem durante mais um protesto contra a cobrança de pedágio em uma ponte de Vitória. Trinta e oito pessoas foram detidas.
O protesto, que reuniu cerca de 400 pessoas, começou às 6h e só terminou por volta das 14h.

Contrariados com a rejeição na Assembleia Legislativa de proposta que acabaria com o pedágio na ponte que liga Vitória a Vila Velha, na segunda-feira (15), os manifestantes interditaram importantes vias do centro.

Manifestação em frente à sede do governo do Espírito Santo (Foto: Mariana Perim/ G1)
Centenas de pessoas foram às ruas em mais uma manifestação em Vitória, nesta sexta-feira (19). A concentração foi marcada para às 6h na Assembleia Legislativa do Espírito Santo(Ales) e cerca de 300 saíram em passeata, segundo a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), às 7h30 em direção ao Palácio Anchieta, no Centro da capital. Os manifestantes cobravam o fim do pedágio da Terceira Ponte, a desmilitarização da polícia, a não criminalização dos movimentos sociais e o fim da corrupção.
Alguns deles subiram nas janelas da sede do governo, arrancaram cortinas e chutaram os vidros, que se quebraram. Pedras foram jogadas.
A polícia interveio diversas vezes com bombas de gás lacrimogêneo, spray de pimenta e balas de borracha.

Manifestante em atividade no Espírito Santo
O governador do Estado, Renato Casagrande (PSB), não estava no local.
Também foram depredadas as sedes da vice-governadoria e da Secretaria da Fazenda, além de lojas e agências bancárias.

No trajeto dos manifestantes, cancelas na praça do pedágio viraram alvo. Com medo, funcionários da concessionária que administra a ponte fugiram do local.
Durante o protesto, uma mulher ficou nua. Ela afirmou que sua casa estava caindo e pediu ajuda do governo.

Cancelas do pedágio foram danificadas; e outdoor pichado, na Beira Mar. (Foto: Juliana Borges/ G1ES)
Cancelas do pedágio foram danificadas; e outdoor pichado, na Beira Mar. (Foto: Juliana Borges/ G1ES)
Lojas do centro foram fechadas e os funcionários, dispensados. "No mês passado o faturamento já caiu 40%. Este mês também vai ser ruim", afirmou César Freitas, dono de uma loja de roupas.

O tráfego foi interditado e passageiros de ônibus tiveram que seguir viagem a pé. Alguns funcionários tiveram dificuldade de voltar para a casa por causa do nó no trânsito.

Mulher passa mal; e advogado é alvo de spray de pimenta. (Foto: Mariana Perim/ G1ES)
Mulher passa mal; e advogado é alvo de spray de pimenta
"Eu saí mais cedo do trabalho e não sei como vou fazer para voltar para casa. Os ônibus não estão passando por aqui", disse a auxiliar de laboratório Zilma Machado.

Manifestantes reclamaram de truculência da PM e disseram que as pessoas responsáveis pelo vandalismo não eram ligadas ao grupo.
Um advogado foi atingido por spray de pimenta após apresentar identificação, segundo a OAB-ES.

O governador Renato Casagrande disse que a ação policial foi "equilibrada". "Precisávamos proteger manifestantes pacíficos e pedestres. Se não fosse pela PM, a depredação seria maior." (ALEX CAVACANTI E RAYANNE AZEVEDO)

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