quarta-feira, 6 de novembro de 2013
 

 
Toma Lá. Dá Cá com Marcelo Portela


O vereador Marcelo Portela(PHS) concedeu entrevista à série ''Toma Lá. Dá Cá'' da Agência Baluarte dentro de um tema de extrema sensibilidade que vem desnorteando o imaginário dos maranhenses da região da Grande São Luís nos últimos meses: crise na Segurança Pública.


O parlamentar, que defende uma maior e incisiva participação do Poder Público municipal no enfrentamento à criminalidade e violência desenfreada, fez um diagnóstico da cruel realidade que hoje devassa a vida de milhões de cidadãos que habitam a tão propalada e conhecida Ilha do Amor, designação dada a São Luís e suas áreas limítrofes num passado bem distante.


Portela foi incisivo e sugeriu soluções. Bradou pela unificação das vozes legislativas da Região Metropolitana no combate ao problema, e ainda criticou com honestidade a falibilidade dos parlamentos e poderes constituídos no trato com a crise na Segurança. Confira a íntegra da entrevista, aqui:


 
Por Fernando Atallaia
Editor da Agência Baluarte
atallaia.baluarte@hotmail.com


 
Agência Baluarte- Os municípios da Grande São Luís, especialmente Paço do Lumiar onde você é vereador passam por uma crise na Segurança Pública sem precedentes na história de suas cidades, com uma onda de crimes e violência que parece não cessar. O que é necessário para acabar com essa realidade trazendo de volta a paz aos lares da região?

Marcelo Portela- Antes de tudo, gostaria de agradecer a oportunidade e saudar os leitores da Agência Baluarte, a quem tenho respeito incondicional. Bem, os poderes Executivo e Legislativo das cidades da Grande São Luís, a meu vê, ainda não pensaram essa crise na dimensão que ela vem se colocando e essa ausência na verdade se constitue o maior problema. Não que os colegas das cidades vizinhas a Paço não estejam preocupados com a situação de calamidade na Segurança com seus respectivos prefeitos, mas o que está sendo feito até aqui é atribuir ao Estado o dever de operar a Segurança Pública como de fato o é. Só que eu entendo que diante do caos e da barbárie que vem se instalando em nossas cidades precisamos urgentemente de ações conjuntas que envolvam todos os poderes no combate e enfrentamento à criminalidade. Executivo, Legislativo e Judiciário unidos agora. Esta é uma reivindicação de nossos representados; a população, que nós enquanto poder, temos por obrigação proteger e resguardar em seus direitos, o que acho que não estamos conseguindo fazer nesse particular até aqui. Se a população está sendo atingida direta e diariamente por ondas de assaltos e pelos mais diferentes crimes esse fato só fortalece a tese de que de alguma maneira os poderes precisam agir com mais eficiência no sentido de trazer traquilidade aos lares, o que na prática não vem acontecendo. Reconhecer essa debilidade é uma questão de honestidade com o povo que nos confiou seu voto.
 
Foto: Regulamentação do Pagamento das Taxas de Foro é tema de projeto de Lei do Vereador Marcelo Portela de Paço do Lumiar


O vereador de Paço do Lumiar, Marcelo Portela, encaminhou à Câmara de Vereadores deste município, o Projeto de Lei Nº 053/2013, que                                                             Dispõe sobre a Regulamentação do Pagamento das Taxas de Foros por Enfiteutas, Resgate, Transferência e Incorporação ao Patrimônio Público de Terrenos Foreiros ao Patrimônio Municipal, assim como a sua Destinação Pública.

Na última sessão o vereador fez a defesa do projeto e falou da importância da aprovação mesmo para a regularização fundiária no município, que historicamente tem sofrido com as questões de desapropriação em várias comunidades já estabelecidas. 

De acordo com o vereador autor do projeto de lei, a principal motivação da proposta é que a partir da publicação da lei, a Câmara Municipal de Paço do Lumiar passe a ter competência legislativa de autorizar o Resgate, a Transferência e a Incorporação ao Patrimônio Público de Terrenos Foreiros ao Patrimônio Municipal.

“É do conhecimento de todos, que durante o tempo que os desmandos aconteceram em Paço do Lumiar, terrenos foram dados a indivíduos que não deram destinação social a estas áreas e sim deixaram lá paradas para que valorizassem e assim pudessem ser vendidas de acordo com a especulação imobiliária”, frisou Marcelo. 

Segundo Marcelo estes foreiros inclusive não cumprem com suas obrigações cartorárias, pagando as taxas devidas e ficam anos sem pagar pelo uso da terra. “Estes recursos poderiam estar sendo perfeitamente aplicados para a melhoria de vida dos nossos munícipes, mas não é essa a realidade, pois estes indivíduos passam anos sem pagar nada e vendem a preços absurdos essas terras e o município e a sua população paga a conta desse prejuízo”, afirma. 

De acordo com o texto do projeto de Lei, o prefeito de Paço do Lumiar, a partir da publicação da lei, terá um prazo de 60 dias para apresentar a Câmara Municipal a relação de todos os Terrenos Foreiros pertencentes ao Patrimônio Municipal, com a respectiva situação de cada um, o Padrão da Taxa de Foros, que está sendo cobrado, anualmente, se A, B, C ou D; a localização e área total, em metros quadrados, de cada Terreno Foreiro, bem como a existência ou não de loteamentos, ocupações ou outros usos, e quais são esses Terrenos Foreiros, caso existam.

“Nossa intenção é também de alguma forma salvaguardar aquelas pessoas que estão sofrendo ameaça do despejo forçado, como é o caso do Tendal, onde na última semana estava sobre a ameaça de serem colocados para fora de uma terra que está lá a anos sem destinação social alguma dada pelos responsáveis pela terra e agora simplesmente aquelas pessoas que estava cuidando da terra iam ser despejadas, porque a terra valorizou e ia ser vendida ao bel prazer dos foreiros, sem fiscalização”, disse Marcelo.

 O projeto de Lei seguiu para apreciação pelas comissões responsáveis na Câmara de Paço do Lumiar e deve ser colocada para votação pelos vereadores até a próxima sexta-feira, 21.
Vereador Marcelo Portela: elucidações e solução à crise da Segurança Pública em entrevista à Agência Baluarte

Agência Baluarte- Em cidades brasileiras onde a incidência de crimes aumentou vertiginosamente foram criados comitês de debate sistemático para deflagração de soluções à crise no Setor. Essa seria uma saída?

Marcelo Portela- A melhor e mais viável. Estarei, inclusive propondo em plenário já este mês a criação de um comitê de combate à violência e criminalidade a partir de Paço do Lumiar, onde nossos irmãos vizinhos de São José de Ribamar, Raposa e da própria capital São Luís possam participar fortalecendo o coro da prevenção; combate ao crime e políticas públicas de cunho social voltadas paras as comunidades. O problema que assola a Segurança Pública na Região Metropolitana perpassa hoje as esferas partidárias e só poderá ser solucionado por vontade política; precisamos mover ações compartilhadas junto às secretarias estaduais e municipais de Assistência Social, Cultura, Educação e ainda agregar as guardas municipais de nossas cidades levando nossas reivindicações, que são emergenciais, à esfera Estadual e Federal. Boletins precisam ser elaborados e um plano de ação concebido a partir da realidade de cada um dos municípios envolvidos. Na prática, uma força-tarefa estratégica em prol de nossas populações visando responder com firmeza, através de ações práticas e iniciativas frementes, ao genocídio da segurança de nossos munícipes.

Agência Baluarte- Em Paço do Lumiar o que já vem sendo feito para reverter o quadro de violência e criminalidade gritante?

Marcelo Portela- O bloco ''Câmara Livre'' vem debatendo com afinco no Legislativo municipal a questão nos últimos meses, mas como eu disse há a necessidade de se aprofundar em formato de fórum permanente o problema que hoje se põe como realidade gritante. O que não se pode é se utilizar de questão tão grave para promoção pessoal, coisa que muitos andam a fazer. O momento em que os avanços serão notados é o momento onde será percebido pelos jovens, pelos pais de família e populaçao como um todo; a tranquilidade nas ruas, a paz dominante, esses serão os resultados; se setores da mídia pregarem algo que na prática não é sentido pela população, aí se configurará um falseamento da realidade que todos querem que mude, e esta mudança é uma causa nossa; uma obrigaçao dos parlamentares; dos podres constituídos e dos demais formadores do tecido social existente tanto aqui em Paço como nas demais cidades da região da Grande Ilha. Em Paço do Lumiar ainda vejo as atribuições caminharem para a solitária exigência ao governo do Estado, o que não não está incorreto, mas o Governo municipal precisa também propor e por nas ruas uma campanha de enfrentamento com medidas fortes, contundentes e de resultados. O que ainda não aconteceu mesmo diante da onda de crimes que se desencadeiou e que quer se consolidar.

9 comentários:

  1. A união faz a força, o vereador tem razão.
    Professor Paulo da Cafeteira, futuro vereador de Ribamar

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  2. Cara to impressionado com esse vereador, conhecia o cara s´´o de vista mas ele falou pouco e deu a resposta ta na hora de agir esse comite tem tudo haver parabens entrevista 10
    marquinho da 13 rua da unidade mista massa mesmooooo

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  3. ESSE CABOCO CONHECE.
    RODRIGO SANTANADE GRAJAÚ , OTSUKA TA MAUS NA FITA

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  4. Lurdiane - Vila nazaré6 de novembro de 2013 às 19:12

    É de gente assim preparada e com iniciativa que Paço do Lumiar precisa, sem demagogia, apenas com responsabilidade. Valeu Portela.

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  5. Marcelo Portela esse eu assino embaixo. Parabens pela escolha do blog sempre com ótimas entrevistas, esta a melhor com toda certeza.
    Paulo de Tarso-Pedagogia faculdade IESF.

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  6. entrevista Showww !!! na próxima voto nesse cara!!!!! ricardo da semed

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  7. Excelente iniciativa, o que o Portela propôs é perfeito, os municípios tem que conversar e assim achar uma saída juntos para esse problema.

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  8. os dados são alamartes, realmente e o nobre blogueiro tem toda razão: menos número de policiais para uma grande população e falta de armamento pesado... Aluisio não investe na segurança mas na secretaria dele entram milhoes por mes, pra onde ta indo este dinheiro??????? quero a resposta... quem sabe responde....
    Adriano Luís, funcionário da SEMED.

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