quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Quase oito milhões dizem “sim” a uma constituinte pela reforma política

Ao todo, 7.754.436 brasileiros expressaram sua opinião no plebiscito realizado entre os dias 1º e 7 de setembro; Desses, 97% são favoráveis à convocação de uma constituinte para a reforma do sistema político
Por Jorge Américo,
De São Paulo (SP)
As 477 organizações populares que estiveram envolvidas no plebiscito constituinte pela reforma política comemoram o sucesso da campanha. Em coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira (25), na capital paulista, os organizadores anunciaram que 7.754.436 brasileiros expressaram sua opinião na votação realizada entre os dias 1º e 7 de setembro.
Ao todo, 97% dos participantes da consulta pública disseram “sim” à pergunta: “Você é a favor de uma constituinte exclusiva e soberana sobre o sistema político?”.
Quase oito milhões de brasileiros dizem ''sim'' à reforma política 
João Paulo Rodrigues, da direção nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), se mostra otimista diante da possibilidade de mudanças na configuração do Congresso Nacional.
“O Congresso brasileiro é muito importante para ficar na mão somente daqueles deputados escolhidos pelas aquelas empresas que estão lá. Ele precisa de mudanças feitas com a participação popular, que não seja simplesmente nos votos de quatro em quatro anos.”
O País exige mudança 
Mais de 6 milhões de pessoas foram às urnas instaladas pelas entidades em mais de 4 mil municípios. Outros 1,74 milhões votos foram feitos pela internet, sendo que a página virtual do plebiscito teve mais de cinco milhões de acesso.
O presidente nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, considera os resultados “um grande feito”, devido às dificuldades enfrentadas. Ele lamenta que a campanha tenha sofrido boicote dos grandes meios de comunicação, principalmente das emissoras de televisão.
A Juventude Brasileira também quer a reforma 
“No momento em que você tem uma ideia constituída por uma parcela grande da sociedade, da mídia, de uma parcela conservadora, tentando não incentivar a participação política da juventude, dizer que a participação em partidos políticos, sindicatos e movimentos sociais é ruim, você tem um movimento extraordinário, espontâneo, de militantes de homens e mulheres que conseguem quase oito milhões de votos.”
Entre os dias 14 e 15 de outubro, as organizações sociais envolvidas no processo realizam uma Plenária Nacional em Brasília. A expectativa é reunir cerca de 2 mil pessoas que, na sequência, entregarão o resultado final a representantes do poderes executivo, legislativo e judiciário.
Movimentos Populares não aguentam mais esperar 
Paola Estrada, da secretaria operativa da campanha, faz a ressalva de que o plebiscito é um instrumento de pressão política, mas que ainda depende de mais mobilização para que ocorra uma convocatória oficial por parte do Parlamento.
“Alterar profundamente a Constituição, o sistema político e todos esses processos, ainda que dependa legalmente do decreto legislativo, vai depender muito mais da pressão das ruas e da ação popular que a gente seja capaz de construir nesses próximos períodos.”
Os organizadores do plebiscito chamaram atenção para a legitimidade do processo, visto que teve adesão de candidatos à Presidência da República. Entre eles, Marina Silva (PSB), Luciana Genro (PSOL) e o Pastor Everaldo (PSC). Como chefe de Estado, Dilma – que concorre à reeleição – optou por não manifestar sua opinião.

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