terça-feira, 5 de maio de 2015
Poesia Sempre
Leia na íntegra o poema ‘A caverna de Alicia Rhodes’ da obra inédita Bordéis, Puteiros e Lojas de Conveniência de autoria do poeta e escritor maranhense Fernando Atallaia

A caverna de Alicia Rhodes

Bateu três vezes, martelando das abóbodas a primeira como se buscasse o Sondar do toc toc entre as tigelas
Uma porta entreaberta aos fundos-as coxas ásperas se fechando

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A atriz pornô Alicia Rhodes: homenageada em versos malditos pelo poeta 
Dança louca sobre a mesa na sua abissal boca de hortelãs machucados por Segundos

Bateu mais forte como se despertasse as ancas para o leite que implorava Derramar
Uma luz inútil a bailar nas penumbras, descaminhos e desvãos

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O que é desejar a morte quando a ela cabe o rastejar até seus pés?
O que é perseguir a beleza entre os automóveis precipitados sem abismos?
O que é desejar a morte quando a ela cabe o rastejar até seus pés?
Não era o dia. Não era o agora e nem tampouco o ardil das horas o que ardia

Olhou para trás. Um mundo inteiro desejando ser tocado no não sucumbir
Demente, insano, clemente. Uma voz na parede ousando sua pobre Comunhão- se ainda havia (...)

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Um olhar aberto para o gozo final
Era a sombra que espargia como o vermelho do vinho ao tinto dos carmesins Indeformados  
Suas muitas reentrâncias a espreitar uma mão além
Caverna entre tantas. Um olhar aberto para o gozo final
Não!
Sim. Me beije agora até o ulular da última aurora.  
Sim.  Me beije agora. 


Fernando Atallaia, São José de Ribamar, Maio de 2015

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