terça-feira, 30 de junho de 2015

Reportagem da TV Record mostra ribamarenses que sobrevivem do lixo

Histórias do Maranhão ganharam destaque no noticiário nacional mais uma vez. A Rede Record mostrou, na noite desta terça-feira (29), histórias vivenciadas por homens e mulheres em extrema pobreza que sobrevivem de restos.
Em outubro de 2013, a procuradora do Trabalho, Luana Lima Duarte Leal, inspecionou o lixão localizado no Bairro Canavieira, distante, aproximadamente, 6 km da sede do município. 
O programa Repórter Record Investigação contou histórias impactantes de seres humanos que garimpam, literalmente, em meio às montanhas de lixo. Histórias vivenciadas do outro lado do mundo, mas também no Brasil. Situação de vulnerabilidade que vivem os chamados garimpeiros dos lixões no país, eles vivem sem acesso a vários tipos de direitos básicos como moradia digna e comida de qualidade.




Dados da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública, dão conta que cada brasileiro produz em média 383 quilos de lixo por ano. Mas, o que é descarte para uns, é fonte de renda de outros. Na companhia dos urubus, homens, mulheres e até crianças trabalham à exaustão.
Do Maranhão, foram destacadas as histórias de dois personagens pelas lentes do repórter cinematográfico Joel Oliveira, com auxílio técnico de Paulo Henrique Silva, da TV Cidade/Record. Foi possível conferir a situação em que vive Francisco, de 52 anos, que aparenta idade muito maior por conta dos 13 anos em que trabalha em média dez horas por dia, durante toda a semana. Francisco é morador do bairro Jota Câmara 2, que fica no município de São José de Ribamar, região metropolitana de São Luís.
''Aquele homem e a família dele não têm nem água para beber, muito menos pra tomar banho, não têm nem comida, nem saúde, um ser humano à margem da sociedade'', lamenta a jornalista.
A repórter Andressa Miranda, entrou na casa do homem, que vive com a mãe e uma filha, em um imóvel erguido por ele mesmo e que a qualquer hora pode cair. A jornalista falou ao blog jeisael.com sobre sua experiência e destacou as dificuldade presenciadas na vida do seu Francisco.
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O prefeito de São José de Ribamar, Gil Cutrim: viagens ao Exterior e ribamarenses no lixão 
“O que eu pude sentir ali, em meio a muito lixo, é que o seu Francisco faz da casa dele a extensão do lixão. É o verdadeiro abandono do ser humano, uma situação que nos deixou desconfortáveis e também nos motivou a pensar como é difícil ter que contar este tipo de história. Aquele homem e a família dele não têm nem água para beber, muito menos pra tomar banho, não têm nem comida, nem saúde, um ser humano à margem da sociedade”, lamenta a jornalista. 


Eles vivem sem acesso a vários tipos de direitos básicos como moradia digna e comida de qualidade.
Francisco come comida estragada, deixada no lixão por caminhões de supermercados. Carnes e iogurtes vencidos fazem parte do “cardápio” semanal não só do seu Francisco, mas das dezenas de famílias que tiram o sustendo do lixão na região. 


Ela também recolhe brinquedos para os netos, roupas para os filhos, jarros para o quintal.
Outra personagem da história contada pela repórter Andressa Miranda é a Judith, mulher que cata objetos e decora a própria casa. Judith tem família grande, e tempera diariamente o frango que veio do lixão com produtos que já estão fora do prazo de validade. Ela também recolhe brinquedos para os netos, roupas para os filhos, jarros para o quintal.
Além do Maranhão, o Repórter Record Investigação mostrou histórias de gente do estado do Mato Grosso que cata roupas e diversos utensílios de lugares insalubres e perigosos a saúde.
Sobre o lixão em São José de Ribamar:
A assessoria da prefeitura de São José de Ribamar não soube precisar há quanto tempo existe o lixão no município, mas, pelo relatos colhidos pela equipe de reportagem, são mais de 30 anos.
Sabe qual é o problema? É que até agora, mesmo com o TAC mesmo, nada mudou.
Em fevereiro de 2014, o Ministério Público do Trabalho no Maranhão (MPT-MA) realizou uma audiência com representantes do município de São José de Ribamar, para tratar de irregularidades no lixão da cidade com o objetivo de encontrar uma solução para os problemas relacionados às condições de trabalho dos catadores de lixo. O órgão propôs a assinatura de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC). Esta não foi a primeira vez!
Em outubro de 2013, a procuradora do Trabalho, Luana Lima Duarte Leal, inspecionou o lixão localizado no Bairro Canavieira, distante, aproximadamente, 6 km da sede do município. Na época, foram vistas imagens semelhantes às que foram agora divulgadas pela Rede Record: homens, mulheres, crianças e adolescentes coletando resíduos em situação desumana.
Sabe qual é o problema? É que até agora, mesmo com o TAC mesmo, nada mudou.

As informações são do Blog do Jeisael
Obs.: As imagens dos bastidores da reportagem que ilustram esse post foram gentilmente cedidas pela repórter Andressa Miranda.

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