quarta-feira, 19 de agosto de 2015
POESIA SEMPRE!

Leia na íntegra o poema ‘Confissão de amor a Christy Mack’ da obra inédita ‘Poemas em rascunho para fêmeas em aurora’ de autoria do poeta e escritor maranhense Fernando Atallaia

Confissão de amor a Christy Mack

Há tantos silêncios encaixotados sob as mesas
Sob mãos presas ao hoje ontem e sempre
Silêncios esmaecidos que querem gritar no munch das estradas
Ao léu ao vento como num brinde à falha palavra

Há quem diga que um silêncio entre/salas são baionetas enclausuradas
Para claves submarinas
Há quem sinta que um til sobre os falsos acentos agudos guardam mais significados que As muitas falácias
Há quem morra anoitecido pelos dias que não saltam
Há quem na noite vira arbusto a esconder-se da aurora

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A atriz pornô Christy Mack: homenageada pelo poeta da Balneária em poema 
 Há tantos silêncios sob os tímidos vestidos tímidos das donzelas
Assim como há no prelo versos incontidos sem a justa homenagem
O certo é que nas pedras da Deodoro há gemidos petrificados às almas que evaporam
Uma sombra no porvir/catástrofe anunciada sem a úmida realidade de outrora
Quando ela nasce gotejando dos calcanhares aos lábios possantes
Fala da carne entre os ossos
Fala da arte de por em chamas a última prisão

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 ''Há tantos silêncios como hão de haver seus gomos de solidão repartidos entre os amantes''

Há tantos silêncios como hão de haver seus gomos de solidão repartidos entre os Amantes
Ela retumbante – asa sobre olhos que a batem em pífia semântica
Deusa feita de chão abóboda e lamúria
Toca a sintaxe a escorregar  do inferno à vulva espúria
Pedaço de mundo que verteu em anáguas rastejantes

Mas é nesta parte das águas que a sede torra sua inexatidão
Fadada forjada nas iguais mãos que pegam sua dor sem tocá-la fundo
Espécie de açúcar que amarga o torpor da rejeição em pedras
Não é de todo que se embala o tenro de uma anca se não for ela por si mesma Ensolarada
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''Quando ela nasce gotejando dos calcanhares aos lábios possantes
Fala da carne entre os ossos
Fala da arte de por em chamas a última prisão''
Aqui de onde disparam seus olhares de vulcões
De onde nascem os mais lindos e inexplorados paraísos
Aqui entre as cruas cavidades e todos os  sentidos
Da nuca ao espírito de vendavais ainda solitários
Ainda(...)
Aqui


Fernando Atallaia, São José de Ribamar, Janeiro de 2015


3 comentários:

  1. Achei legal o poema, a provocaçao do abstrato com sensibilidade da alma, um diálogo entre o eu e o teatro do olhar.

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  2. Achei legal o poema, a provocaçao do abstrato com sensibilidade da alma, um diálogo entre o eu e o teatro do olhar.

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  3. Forte e belo, parabens meu lindo, sucesso pra vc!
    Patricia-UFMA

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