quarta-feira, 21 de outubro de 2015
Esquema de corrupção em Anajatuba teria desviado pelo menos R$ 15 milhões
De acordo com a investigação, foram desviados recursos públicos federais do FUNDEB e do FNDE, que correspondem a fraudes no transporte escolar, reformas de escolas e merenda escolar
A Operação Attalea deflagrada na manhã desta terça-feira pela Polícia Federal no Maranhão investiga fraudes em processos licitatórios por meio da contratação de ‘empresas de fachada’ envolvendo quadrilha que atuava na prefeitura de Anajatuba.
Entre os investigados presos durante a operação, encontram-se o atual prefeito Helder Aragão (PMDB), o empresário Fabiano Bezerra, secretários municipais, servidores da prefeitura.
Foram cumpridos oito Mandados de Prisão, uma condução coercitiva e três Mandados de Cumprimento de Medidas Cautelares Diversas da Prisão. Todos os envolvidos foram levados para a sede da Superintendência Regional da Polícia Federal, no bairro da Cohama, em São Luís.
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R$ 15 MILHÕES Prefeito de Anajatuba Helder Aragão com Eduardo, filho de Carlos Braide
De acordo com a investigação, foram desviados recursos públicos federais do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB) e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), que correspondem a fraudes no transporte escolar, reformas de escolas e merenda escolar.
O esquema de corrupção teria desviado pelo menos R$ 15 milhões dos cofres públicos do município.
Segundo o promotor Marco Aurélio, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), durante coletiva na manhã desta terça-feira, documentos apreendidos e análises bancárias sustentam as provas de corrupção. De acordo com ele, foram confirmadas transferências eletrônicas de dinheiro de empresas arroladas no esquema para a conta do prefeito e de parentes.
Dentre as empresas de fachada apontadas no esquema estão a Construtora Construir , a A4 Entretenimento, a Vieira e Bezerra LTDA M.R. e a Comércio e Serviços. Algumas estradas, pelos quais os serviços foram pagos, nunca foram construídas. Assim como reformas em escolas e contratação de transporte escolar que não foram executados.
A ação é resultado de um trabalho conjunto com o Ministério Público Federal, Ministério Público Estadual e Controladoria-Geral da União.
As investigações iniciaram em 2014 e apuraram que se instalou no município na atual gestão uma organização criminosa destinada a desviar recursos públicos e lavar os valores oriundos do crime através da contratação direcionada de “empresas de fachada” que sequer possuíam sede física, estrutura, equipamentos ou funcionários para realizar os serviços contratados. Apesar da inexecução dos serviços, tanto as fraudes aos procedimentos licitatórios quanto o pagamento de valores só eram possíveis mediante a corrupção de membros da Comissão Permanente de Licitação da prefeitura, de secretários municipais e do prefeito.

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