domingo, 29 de novembro de 2015
“O Maranhão continua uma Casa-Grande e Senzala”, diz Edson Vidigal

Na opinião do ex-presidente do Superior Tribunal de Justiça, Edson Vidigal, pouco ou quase nada mudou no Maranhão, o estado continua vivendo uma “Casa-Grande e Senzala”. A referência feita à obra de Gilberto Freyre é para ele ilustrar o sentimento que ele tem ao analisar a atual vida dos maranhenses, pois segundo o ex-ministro, “nada mudou”.

De acordo com Vidigal “o Maranhão continua uma Casa-Grande e Senzala”, evidenciando a prática secular de que apenas os poderosos estão no poder. O advogado explica que o atual governador Flávio Dino (PCdoB), nada mais é que um representante também de uma das famílias que possuem posses e sempre estiveram atrelados ao poder.

No seu ponto de vista, Edson Vidigal acredita ser esse o motivo dele ser vítima de ataques promovidos por governistas e até aliados do Sarney, pois não segundo o ex-presidente do STJ, “eles (políticos poderosos) não aceitam que pessoas emerjam, eu sou diferente, eu nasci na exclusão social”.

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Edson Vidigal(foto) classificou governo Flávio Dino como 'Casa-Grande e Senzala'
Em uma conversa com este jornalista, o ex-ministro lembra fatos que desagradaram os dois grupos, mas por sempre ter buscado o seu caminho. A sua filiação no PSB foi um dos momentos em que lhe colocou em situação delicada com o ex-presidente José Sarney. “Eu nunca rompi com Sarney, ele acabou rompendo comigo ao tomar conhecimento da minha filiação ao PSB, que na época foi sob orientação do presidente Lula”, revela.

Já sobre o atual governador, Vidigal lembra que em 2006, Flávio Dino e Márcio Jerry (PCdoB), corriqueiramente estavam em sua residência na cidade de Caxias.“Eu tirei o PCdoB dos Sarneys, quando Renato Rabelo acompanhado do Flávio foi falar comigo em Brasília para eu ajudar na eleição de deputado federal, tirando o partido da base governista e colocando-o na oposição e consequentemente facilitando a vitória do Flávio”, recorda.

Mesmo após esse e outros gestos, que futuramente ele pretende contar, hoje Vidigal diz ser acusador também de traidor pelos atuais governistas.
“Gostaria de deixar claro, que tudo na minha vida alcancei por mérito próprio. Vivem falando por aí que foi o Sarney que me colocou no STJ, isso não existe. O meu trabalho fez eu merecer o reconhecimento e chegar até a presidência”, explica.

Vidigal acredita que sua história incomoda os poderosos do Maranhão, pois não há outro motivo para sofrer tantos ataques. “Tudo que eu falo desagrada”, argumenta.

No entanto, o ex-presidente do STJ diz que vai seguir sua trajetória fazendo o que mais gosta: escrever, pensar e advogar. Inclusive revela que continuará conhecendo todo o Maranhão (ele diz conhecer todos os 217 municípios maranhenses), para que ele possa dar sua parcela de contribuição para o desenvolvimento do estado, que caminha a passos lentos e cheio de amarras, uma vez que apenas os eternos detentores do poder, querem ficar se revezando nele.

As informações são do Blog do Diego
Edição da Agência Baluarte

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