domingo, 17 de janeiro de 2016

Mais de 170 pessoas estão desaparecidas no Maranhão

Levantamento revelou que a maioria dos casos de desparecimento foi registrada na capital. População pode contribuir denunciando


Por Valéria Carvalho

A Central de atendimento telefônico do Disque-Denúncia, em oito anos de atuação em São Luís, registrou um total 176 casos de pessoas desaparecidas no estado do Maranhão, sendo que a capital possui a maioria dos casos, com 80% dos registros. Os dados são do Disque-Denúncia que, a partir das ligações, realiza o processo de triagem e divulgação dos casos através de cartazes com fotografias e informações sobre a vítima.

As ligações são feitas pela própria população e por meio da central de atendimento do Disque-Denúncia, que atende 24 horas por dia, garantindo o sigilo das ligações e anonimato do denunciante. Em 2014, o serviço ganhou força com a inclusão de aplicativos como WhatsApp.
De acordo com o coordenador do Disque-Denúncia no Maranhão, Raimundo Augusto Mendes Filho, o número de denuncias variam chegando a 30 ligações diárias. Além dos desaparecidos, os casos mais frequentes são os crimes de tráfico de drogas, seguidos de agressão contra a mulher. Houve também aumento significativo nos crimes de violência contra animais e idosos. Porém nem todas as informações são verídicas devido as falsas ligações, mais conhecidas como “trote”. Segundo o coordenador, o trote é uma ação incontrolável por conta do sigilo das ligações. O Comparativo de Denúncia Anual cedido pelo Disque-Denúncia à reportagem de O Imparcial relata que, no estado do Maranhão, o número de desaparecidos foi de 176 casos registrados durante o período de 2008 a 2015. De 2014 para 2015, houve um acréscimo de 14 casos de desaparecimento.
desaparecidos
Dos localizados até agora com a ajuda do Disque-Denúncia, a maioria foi encontrada com vida. Porém, quando encontradas, essas pessoas não se dirigem até a delegacia para dar baixa no boletim de ocorrência, o que impede o levantamento exato da quantidade de localizados pelo Disque-Denúncia.
Segundo Augusto Mendes, o perfil dos desaparecidos geralmente está ligado a casos de desavença familiar, violência sexual, violência doméstica, distúrbios mentais, alcoolismo e crimes passionais, mas, principalmente, uso de drogas ou entorpecentes. Dos localizados até agora com a ajuda do Disque-Denúncia, a maioria foi encontrada com vida. Porém, quando encontradas, essas pessoas não se dirigem até a delegacia para dar baixa no boletim de ocorrência, o que impede o levantamento exato da quantidade de localizados pelo Disque-Denúncia.
De acordo com o levantamento, a capital São Luís recebeu o maior número de ligações sobre pessoas desaparecidas, contabilizando o total de 130 denúncias, o que corresponde a 80% do total de registros. De acordo com dados colhidos no Sistema Integrado de Gestão Operacional (Sigo), foram registrados 1.013 boletins de ocorrências, no período de 1º de janeiro a 31 de dezembro do mesmo ano de 2015, de desaparecidos, sendo que, destes boletins, 988 estão com status ativos e 25 com status cancelados.
A central telefônica também recebe denúncias em arquivos de áudio, vídeo e foto por e-mail. “A tecnologia somada a nosso trabalho tem contribuído e ampliado para o crescimento das denúncias, através da ampliação dos meios de comunicação. E como ferramenta utilizada por todos, dificultou até mesmo a ação do trote. Desde sua inserção, o número de ligações aumentou”, declarou Augusto Mendes.

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