quinta-feira, 24 de março de 2016
Nº de homicídios no Maranhão cresceu 209,4%, revela
estudo
Estudo mostrou que
homicídios no Brasil representam 10% do nº mundial.
Pesquisa foi realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).
Pesquisa foi realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).
O número de homicídios no
Maranhão cresceu 209,4% em dez anos, de acordo com informações do Atlas da
Violência 2016, estudo desenvolvido pelo Instituto de Pesquisa Econômica
aplicada (IPEA) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FPSP). O
levantamento também apontou que os 59,6 mil assassinatos ocorridos no Brasil
representam 10% dos homicídios no mundo.
No Brasil, seis estados aparecem com evolução na taxa de homicídios superior a 100%. Todos eles pertencem à região nordeste. Depois do Rio Grande do Norte, que teve aumento da violência por homicídio de 360,8% em 10 anos, aparece o Maranhão.
No Brasil, seis estados aparecem com evolução na taxa de homicídios superior a 100%. Todos eles pertencem à região nordeste. Depois do Rio Grande do Norte, que teve aumento da violência por homicídio de 360,8% em 10 anos, aparece o Maranhão.
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| VIOLÊNCIA DESENFREADA O IML não suporta mais a demanda diária |
O atlas mostrou que a
taxa de homicídios no Brasil diminuiu nas grandes cidades e aumentou no
interior, sobretudo no nordeste. No entanto, a capital maranhense ainda aparece
na lista das microrregiões mais violentas.
Na segunda maior cidade
do Maranhão, Imperatriz, a 626 km de São Luís, já foram 13 pessoas mortas de
forma violenta, somente no mês de março. Em janeiro, 18 pessoas foram
assassinadas. Em fevereiro, os quinze homicídios registrados batem a média de
uma pessoa morta a cada dois dias.
Os números da violência assustam, espalham insegurança e mudam hábitos nas cidades. É o que relata o estudante José Carlos. “Eu evito sair nas ruas. É muito complicado pra nós, termos essa sensação de insegurança enquanto a gente financia a segurança pública para que a gente possa andar na rua tranquilamente”, afirmou.
Os números da violência assustam, espalham insegurança e mudam hábitos nas cidades. É o que relata o estudante José Carlos. “Eu evito sair nas ruas. É muito complicado pra nós, termos essa sensação de insegurança enquanto a gente financia a segurança pública para que a gente possa andar na rua tranquilamente”, afirmou.
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| Jeferson Portela, secretário de Segurança do Estado |
O que o estudo também
comprovou é que as motivações para as mortes registradas são banais. São crimes
que exigem investimentos em políticas públicas eficazes, como foi constatado
nos estados em que se verificou queda dos homicídios.
O sociólogo Agnaldo Silva
aponta as políticas públicas como o caminho para a redução da violência.
”Principalmente políticas públicas voltadas ao esporte, ao lazer. Um
investimento mais pesado na área educativa. Aí todas as questões estruturais da
sociedade como a falta de emprego acaba afetando a perspectiva de probabilidade
do jovem de se inserirem na criminalidade, em todas as formas de
criminalidade”, declarou.
São Luís entre as mais violentas
A capital São Luís está entre as 50 cidades mais violenta do mundo, segundo ranking internacional publicado pela ONG mexicana ‘Conselho Cidadão pela Seguridade Social Pública’. A lista divulgada no dia 25 levou em conta o número de homicídios de 2015. O estudo foi baseado em dados oficiais ou em fontes alternativas como ONGs.
São Luís está em 21º
lugar e é a sexta cidade brasileira do ranking com maior taxa de homicídios por
100 mil habitantes em 2015. A taxa média da capital maranhense foi de 53,05
homicídios por 100 mil habitantes. Das 50 cidades presentes na lista, 21 são
brasileiras.
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