quinta-feira, 12 de maio de 2016
POESIA SEMPRE!

Leia na íntegra o poema A Madrugada da obra inédita Itinerários do Baixo Forquilha-Noite, Putas e Poesia de autoria do poeta e jornalista maranhense Fernando Atallaia

A Madrugada

A tórrida imagem da madrugada esfacelada entre dois vinténs de moedas que Reclamam suas fumaças

Mas o comércio fecha as portas

Encerra os homens

E as vidraças são lançadas por mais uma vez à última esperança

Do encontrar a xicara transbordante 

O chá amargo para o sentido dos desmilinguidos lábios de outrora  
A sombra da puta reinventada


A virgem errante no palácio 

Chorando a dor causticante que não pariu

A luz inebriada que não surgiu

No amarelado da cortina devolvida aos fétidos e bálsamos banheiros 


E na rodada dos homens de baralhos

A madrugada se acalma por não ver saída

Por não ter guarida chão e nova cor

Uma dama perdida entre os sóis anunciados

Querendo ainda o orvalho que finda taras, dissoluções, outros artigos


Tua irmã esta senhora. Teus pares sobressaltados

Uma sombra que te bate o ombro sobre os olhos

E nada mais que um fósforo rescaldado sem a pólvora das noites que se vão 

image
Alua travestida de riso, mas que chora

Amputada pelos segundos que não voltam

filha bastarda da aurora
em tua cara mais um gole de Saliva  baba

Diz-te do sono eterno que és lendário, trôpego garoto

Um mundo agora morto Implora 
Mas...



Fernando Atallaia, São José de Ribamar, Abril de 2013  

Um comentário:

  1. Sem palavras...É desse jeito, Poeta..Parabéns a vc pelo alto nível da poesia..

    Junior-Cohama

    ResponderExcluir

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