quinta-feira, 14 de julho de 2016
POESIA SEMPRE!

Leia na íntegra o poema Mutilação da obra inédita Degenerescência de autoria do poeta e jornalista maranhense Fernando Atallaia 


Mutilação


Nada além das folhas

Um mundo líquido evaporando entre pedras

Sua mão enervada surgindo da última cratera empardecida

Boca de infernos rompendo orvalhos fedorentos


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Nada além das folhas 

A tesoura cortante falando aos olhos mutilados 

Uma tigela de lágrimas perfurando espelhos sem palavras

Silenciosas carnes despejadas em lixeiras



Nada além

Das folhas

Do néctar exalando odores putrefatos

A escuridão azul dos banquetes rejeitados

A queda livre queda de um corpo em cadáver

Seu olhar impactado não a trará de volta 


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 Abra seu jornal. É uma quarta-feira às cinzas
Abra seu leed imperioso, frio, indiferente. É a noticia na imagética do caos

Um abutre pousando sobre as costas do horizonte  

É noite como revela sua pobre exaustão anfíbia, cruel 


Ela caiu de sua consciência repartida aos atrozes gargalos
Ela despencou de sua risível retina truculenta, fatal

Seus rios de dinheiro não compram um fôlego trespassado



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Seus mares de fachadas serviram a dor e à tragédia como na vitrine os vestidos agora solitários Perdem as curvas de 18

Rompe tua manhã. Chora tua lua nova no antigamente

Farto paladar em câimbras titubeantes

Ri tua desgraça

Ampara as tempestades

Assola-te
(...)
Assola-te

E

Morre. 


Fernando Atallaia,  São José de Ribamar, Julho de 2016

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