quinta-feira, 4 de agosto de 2016
POESIA SEMPRE!
Leia o poema Adágio para Amores Tortos da obra inédita ‘Crônicas do Baixo Forquilha-Noite, Putas e Poesia’ de autoria do poeta e jornalista maranhense Fernando Atallaia
Adágio para Amores Tortos
Leia o poema Adágio para Amores Tortos da obra inédita ‘Crônicas do Baixo Forquilha-Noite, Putas e Poesia’ de autoria do poeta e jornalista maranhense Fernando Atallaia
Adágio para Amores Tortos
Não foi a primeira vez. A lua sitiada pelo céu dos
amores tortos
Rasos, passadiços, longevos de pequenas temporadas
Ali na encruzilhada de pernas, espíritos vagos na
contramão
Uma linha entre/postes insinuando trilha e girassóis
 |
Ela vinha como sempre. Dona do vento, do tempo, das
escrivaninhas fustigadas
O mundo reto, concreto, feito de feto e pedra sobre
o cérebro congelado
Há mais uma gota de sangue a ser bebida? Que vinho é
este que não enternece?
Ela na sequidão agora muda
Retruca devaneios, exaspera mãos sob banquetes ofertados
Uma dama nua a passear agrestes de memórias opacas,
desmilinguidas de Horizontes
Poe a veste na ferida e goteja rios
Arrasta a sombra aos coturnos e veem cegos surdos as
mais tenras sensações
 |
Aparição. A meia clave de um bumbo rouco chorando as
madrugadas
A luz dos despedaçados esparramada pelas lacrimais
das peles frias
As frias peles das Suzy, Anas, Raqueis e Amandas
Uma tarde sem ilha rendida à noite de himens derretidos?
Dos dias em palavras, apenas os lençóis à sombra
parca
Venha senhora: faça da sorte o hiato da existência
Faça de nós a...
Faça.
Fernando Atallaia, São José de Ribamar, Abril de
2007
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Meus parabéns mais uma vez pela genialidade de transformar uma matéria do cotidiano aos olhos de muitos inaceitável e transporta-la para o mundo da grande arte poética, sem falar que você valoriza as mulheres que fazem da noite e do próprio corpo seu sustento. Mais e mais fã de seu lindo trabalho!
ResponderExcluirParabéns mais uma vez, querido!
Mércia-CCHUFMA