quarta-feira, 15 de maio de 2013

Decisão radical de atriz é pouco comum no Brasil

Retirada dos seios tem que levar em conta histórico familiar



 Renan Almeida


Jornal do Brasil 


A cirurgia de retirada dos seios feita pela atriz Angelina Jolie como forma de se prevenir contra o câncer de mama é um procedimento radical e apesar de reduzir as chances da doença, é pouco comum no Brasil. Isto porque além de não ser muito popular, são raros os casos em que é indicada. “Não é indicado para qualquer mulher. É preciso ver o histórico familiar, especialmente se há parentes de primeiro grau que tiveram câncer com menos de 50 anos. Ainda assim é muito raro ter essa mutação genética ligada aos genes humanos BRCA”, explica o oncologista do Centro de Oncologia D’or, Daniel Herchenhorn.


Os BRCA 1 e 2 são genes que tem um papel de suprimir tumores. De acordo com o oncologista, mulheres com histórico familiar de câncer precoce sabidamente tem grande risco de ter uma mutação destes genes, o que  aumenta significativamente o risco de desenvolver a doença: “Quando a mutação está presente, em geral vai conferir um risco de até 80% de desenvolver o câncer de mama".

Angelina Jolie fez mastectomia preventiva
Angelina Jolie fez mastectomia preventiva

 Segundo o médico, a orientação para a mastectomia preventiva só é dada em pacientes que apresentam estes fatores, e acontece porque a pessoa que recebe a informação de um risco tão alto de contrair a doença acaba ficando muito abalada: “Imagina você viver sabendo que possui 80% de risco. É uma decisão radical e muito difícil para a mulher, mas a cirurgia reduz muito as chances”.  No caso da Angelina Jolie, os fatores de risco correspondiam a esta decisão. A mãe da atriz morreu de câncer aos 56 anos depois de lutar contra a doença por uma década.


A mastectomia é uma cirurgia de retirada total ou parcial da mama. O procedimento reduz em 95% o risco de câncer.


Teste genético


O fator genético aparece entre 5% e 10% dos casos de câncer de mama. Como a mutação é rara e geralmente tem origem hereditária, o exame para detecta-la é pouco indicado no Brasil. Daniel Herchenhorn, entretanto, explica que o teste é simples: “é um exame de sangue”. 


O teste genético não é feito pelo SUS e está pouco disponível na rede pública. Ainda assim é possível faze-lo no Instituto Nacional do Cancer (INCA). Na rede particular não é barato, podendo custar entre R$ 1 mil e R$ 5 mil.


Segundo tipo mais frequente no mundo, o câncer de mama é o mais comum entre as mulheres, respondendo por 22% dos casos novos a cada ano, de acordo com o  INCA.

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