quinta-feira, 26 de junho de 2014
Seis por meia dúzia 

Quanto mais o sentimento da vaidade de tornar-se Governador aumenta, mais os postulantes se mostram iguais e trocam de papeis.


Por Fernando Atallaia


Editor-Chefe da Agência Baluarte


atallaia.baluarte@hotmail.com


Quem viu nos meses que se seguiram à negação do nome de Luis Fernando Silva ao Governo do Estado, Edinho Lobão incorporar de imediato o discurso da Mudança num Maranhão onde o grupo político a quem ele pertence sempre fez questão de evitar o desenvolvimento pleno do estado por ser esse mesmo estado mais interessante na funcionalidade de curral eleitoral, não teve dúvidas quanto ao ato controverso: Edinho precisava ir ao encontro do que prega Flávio Dino, justamente a ‘boa nova’ da Mudança como bandeira de campanha. 

O candidato ao Governo do Estado Edinho Lobão, do PMDB: o mesmo discurso de Flávio Dino

Hoje passado algum tempo da risível propagação do termo (Mudança) por Lobão, Flávio Dino se remonta a Edinho num claro troca-troca de papeis. Se Edinho Lobão agora diz representar a Mudança para um Maranhão miserável que ele mesmo ajudou a construir, Flávio Dino, por sua vez, desagua numa conduta digna da ‘melhor’ politicalha, pontuada por alianças políticas prostituídas, descompromissadas com o bem-estar social do maranhense e até criminosas, se afastando cada vez mais de um projeto político que se queira aprovado pela população do estado em sua plenitude.  Um projeto que denote o anseio popular e a ele preste contas, ou que com ele, ao menos, dialogue. O eleitor maranhense nesse jogo sujo de interesses particulares de ambos os grupos onde está arrolada e misturada a sobrevivência de centenas de empresas de políticos locais (também de ambos os lados), de famílias inteiras de sugadores do dinheiro público, blogueiros e correligionários não se vê com alternativas.  


Se votar em Edinho, não será assistida em seus direitos e demandas, por ser ele um fiel representante dos conglomerados empresariais e dos interesses pessoais famigliares; da Iniciativa Privada e do continuísmo oligárquico que opera com a lógica da subserviência da população maranhense a serviço do fortalecimento econômico de uma pequena minoria. Se votar em Dino, também não terá espaço, pois com as alianças feitas para elegê-lo a todo custo, o governo do comunista seria fatiado num primeiro momento pelas legendas que o apoiaram, sendo que ele não poderá interferir nas Secretarias de Governo que os partidos exigirão como recompensa, sob pena de perder apoio à sua reeleição. A possibilidade de casos escandalosos e gritantes de Corrupção nesse cenário factual (e Real) é mais que provável. 

Flávio Dino, do PC do B: para tentar eleger- se, as mesmas práticas de Edinho

Fica o eleitor maranhense nessas eleições, portanto, sem nenhuma opção. Pois quanto mais Flávio Dino deseja ser Governador mais recua e retorna a Edinho e a ele reproduz, imita e tece todas as deferências ao Lobo (‘o homem é o lobo do próprio homem’, cabe a máxima) como referência de técnica e procedimento no exercício de concentrada politicalha. Já Edinho, para tentar provar e incutir na população do estado o indigerível, utiliza a ‘verve’ de seu adversário em pronunciamentos e declarações que tentam negar a deplorável realidade de um estado que nunca participou ativamente da conjuntura, da história e do debate social no País. Um estado para o qual, assim como o comunista, ele afirma veementemente representar hoje a Mudança num discurso que parece ter sido formulado por ele e por Flávio Dino a quatro mãos ou de mãos dadas. Seis por meia dúzia. 

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