segunda-feira, 30 de março de 2015
Deputado que criticou reportagem da TV Record já foi indiciado pela Polícia Federal por corrupção

Josimar de Maranhãozinho e Detinha foram indiciados, em 2012, por crimes de corrupção passiva, prevaricação, concussão, peculato e formação de quadrilha ou bando

Por Yuri Almeida, do Atual7

O deputado estadual Josimar de Maranhãozinho, do PR, que criticou a reportagem exibida pela TV Record no domingo(22) por mostrar o município administrado por sua mulher e correligionária, Maria Deusdete Lima, a Detinha, como um dos mais miseráveis do pais, já foi indiciado pela Polícia Federal, juntamente com a própria esposa, pelos crimes de corrupção passiva, prevaricação, concussão, peculato e formação de quadrilha ou bando.

Deflagrada em meados de 2011 pela PF a partir de investigações da Operação Arco de Fogo, em que várias pessoas foram presas, a Operação Cupim apontou Josimar e Detinha como cabeças de um esquema criminoso que atuava em áreas indígenas no Maranhão, em que era cobrada uma taxa para entrada de caminhões para extração de grande quantidade de madeira de forma ilegal.

O nome da operação policial, COPII, que significa cupim em tupi-guarani, uma praga que é considerada perigosa e que ataca a madeira e outros produtos agrícolas, foi em alusão ao ataque violento causado pelo casal ao meio ambiente e aos cofres públicos.

Deputado que criticou reportagem da Record já foi indiciado pela PF por corrupção
CASAL 20 Segundo a Polícia Federal, o esquema funcionava com as prefeituras de Centro do Guilherme, comandada desde então por Detinha, e Maranhãozinho, na época comandada por Josimar
Na última etapa da operação, já em 2012, a PF fez buscas nas prefeituras de Maranhãozinho e Centro do Guilherme, na residência e escritório do parlamentar em São Luís, e na residência de outras pessoas envolvidas no esquema.

- O que nos causou espanto foi o poder financeiro da quadrilha, com grande quantidade de bens adquiridos recentemente por um dos envolvidos no esquema, que é avaliado em aproximadamente R$ 30 milhões. - declarou o delegado Alexandre Lucena durante a operação, em referência à Josimar Cunha.

Segundo a Polícia Federal, o esquema funcionava com as prefeituras de Centro do Guilherme, comandada desde então por Detinha, e Maranhãozinho, na época comandada por Josimar, cobrando uma taxa de R$ 150, que dava direito a um tíquete para que cada caminhão, previamente cadastrado no município, entrasse na reserva indígena e de lá extraísse a madeira ilegalmente.

Cerca de 20 caminhões, por dia, saíam carregados do local, sem autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), da Fundação Nacional do Índio (Funai) e da Polícia Federal; e sem que o dinheiro fosse repassado aos cofres públicos.


Além de Josimar de Maranhãozinho e de sua mulher Detinha, participavam do crime quatro policiais militares e vários funcionários públicos que, armados ilegalmente, faziam barreiras e cancelas.

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