segunda-feira, 11 de abril de 2016
Governo teme que derrota expressiva amplie isolamento político de Dilma
A oposição avaliava que a votação nominal pressionaria, sob os holofotes da oposição, os deputados a votar contra o governo
Às vésperas da votação do parecer pela admissibilidade do processo de
impeachment da presidente Dilma Rousseff na Comissão Especial, Brasília teve um
fim de semana de reuniões estratégicas.
A base governista se concentrou em buscar votos para evitar uma derrota
expressiva hoje na comissão. Se isso ocorrer, avaliam governistas, poderá
ampliar a percepção de fraqueza e de isolamento político da presidente Dilma.
Na outra ponta, a oposição avalia que uma boa vitória hoje na comissão,
aliada aos eventos da semana passada decorrentes da Operação Lava Jato, lhe
dará fôlego nesta semana decisiva.
Para a oposição, o momento é favorável ao impedimento e o placar na
comissão vai variar de 35 a 39 votos pelo afastamento.
Já aliados da presidente afirmam que, se houver derrota na comissão,
será por uma margem de, no máximo, dois votos. O Planalto busca ao menos 30
votos favoráveis. Nesse domingo, dia 10, Dilma se reuniu com ministros para
avaliar o cenário da semana.
A base governista se concentrou em buscar votos para evitar uma derrota expressiva hoje na comissão. Se isso ocorrer, avaliam governistas, poderá ampliar a percepção de fraqueza e de isolamento político da presidente Dilma |
"Será um placar apertado", previu o vice-líder do governo,
deputado Paulo Teixeira (PT-SP). "Vai ser por um placar apertado mas vamos
perder ganhando", disse o vice-líder do governo, Silvio Costa (PT do
B-PE). O governo começou a semana com pequenas vitórias que, avaliam, ajudará a
obter essa margem apertada de votos desta segunda-feira, 11.
O presidente da Comissão Especial, deputado Rogério Rosso (PSD-DF),
decidiu que não haverá chamada nominal, o que faz com que os votantes se
manifestem apenas por meio do painel eletrônico. A oposição avaliava que a
votação nominal pressionaria, sob os holofotes da oposição, os deputados a
votar contra o governo.
Após conversa com o advogado-geral da União, ministro José Eduardo
Cardozo, que ligou para confirmar presença na sessão de hoje, Rosso - que
tendia a acatar o pedido da oposição para chamada um a um - consultou o
regimento e concluiu que a solicitação da oposição só poderia ser acatada se o
painel estivesse indisponível.
Ausências
Além disso, foi antecipada a estratégia do governo sobre os ausentes. Se
a oposição trabalha para convencer os deputados a votar "sim" ao
impeachment, aliados do Planalto orientam colegas a não comparecer à sessão, se
abster ou votar não. Na comissão, o deputado Washington Reis (PMDB-RJ) - um dos
oito indecisos do grupo - faltará porque está internado com a gripe H1N1.
Reis disse à reportagem nesse domingo, 10, que em seu lugar votará Marx
Beltrão (PMDB-AL), aliado do governo. A ausência de Reis foi um dos temas da
reunião da oposição, que tentará garantir o voto de um suplente pró-impeachment.
"A gente vai ter de correr para ver o suplente", disse o deputado
Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA). Rosso decidiu que só votará o suplente do bloco
que registrar presença primeiro.
Integrante da comissão, Valtenir Pereira (PMDB-MT) se declarava até a
véspera da votação "indefinido". "Há uma forçação de barra no
relatório e no pedido de impeachment." Ele disse que não faltará à sessão
e, se não decidir até a hora da votação, optará por se abster e tomar uma
posição só em plenário.
Entre os oposicionistas, o cenário político da semana é visto com
otimismo. "Estamos em ascensão", disse o líder do PSDB, Antonio
Imbassahy (BA). A divulgação de trechos da delação do ex-executivo da Andrade
Gutierrez Otávio Azevedo foi um dos fatores que teriam ajudado a convencer parlamentares
indecisos a defender o afastamento.
O parecer do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, recomendando
a anulação da nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a Casa
Civil também contribuiu. "Estamos muito animados", afirmou o deputado
Mendonça Filho (DEM-PE).
AS INFORMAÇÕES SÃO DO CORREIO BRAZILIENSE
EDIÇÃO DA AGÊNCIA BALUARTE
Assinar:
Postar comentários
(Atom)
Postagens mais visitadas
-
Profissional da Segurança esteve na linha de frente do diálogo que levou categoria a novas isenções pela Gestão municipal POR FERNANDO ATALL...
-
40 ANOS EM 4 Prefeito atesta que grupo comandado por seu pai Neto Carvalho prima pela excelência à frente das gestões municipais no estado...
-
Região do Baixo Parnaíba atrai cada vez mais atenção dos maranhenses preocupados com o progresso local POR FERNANDO ATALLAIA EDITOR DE M...
-
Justiça garante acesso de jornalista a setor de imprensa na Câmara de Vereadores de Açailândia Em decisão publicada no Diário da Jus...
-
Ex-comandante da Guarda Municipal vem sendo convidado por ribamarenses de diferentes bairros a visitar residências Projeto Café com Correa...
-
Moralmente condenados Por José Luiz Oliveira de Almeida Não se pode negar. Em todos os lugares, em todas as corporações, em todas as...
-
Defesa de Lula contesta decisão de juíza de remeter processo de São Paulo a Sérgio Fernando Moro Advogados argumentam que imóvel investig...
-
Cidade devassada pelo descaso enxerga no projeto político do empresário oportunidade de sair em definitivo do limbo do abandono a partir des...
-
Grupo oposicionista comandado pelo vereador de 40 anos segue coeso no objetivo de defenestrar o modelo de gestão corrosivo implantado na cid...
-
Líder comunitário é assassinado a tiros dentro de casa no Coroadinho Um homem identificado como José da Conceição Pereira, de 58 anos, fo...
Pesquisar em ANB
Nº de visitas
Central de Atendimento
FAÇA PARTE DA EQUIPE DA AGÊNCIA DE NOTÍCIAS BALUARTE
Denúncias, Sugestões, Pautas e Reclamações: agencia.baluarte@hotmail.com
atallaia.baluarte@hotmail.com
Sua participação é imprescindível!
Denúncias, Sugestões, Pautas e Reclamações: agencia.baluarte@hotmail.com
atallaia.baluarte@hotmail.com
Sua participação é imprescindível!
Não vejo Gil com um péssimo prefeito é um jovem politico amigo e gente fina pessoa boa, mas concordo que foi mal assessorado. Isso sim.
ResponderExcluirRenato da Praça do Cemitério