sexta-feira, 3 de maio de 2013
Série 3 perguntas para: Renato Dionísio
Renato Dionísio de Oliveira, empresário e
produtor cultural, além de militante e politico atuante, é também uma das vozes
mais importantes da oposição maranhense surgidas ainda na década de 80 em São Luís.
Nascido na cidade de Pindaré-Mirim, Renato Dionísio como é mais conhecido, foi
um dos nomes a lutar pela democracia nos movimentos sociais que integrou ao
longo de sua carreira na esfera do Social no Maranhão e mais precisamente na
capital do estado.
Um dos históricos e bons quadros do Partido
Trabalhista Brasileiro-PDT, Dionísio é um dos dirigentes e fundadores da agremiação
cultural Boi Pirilampo. Umas das muitas brincadeiras representativas do período
junino maranhense. À frente da agremiação, o político engajado promove
cidadania e projetos socioculturais voltados para a inserção das classes menos
favorecidas que habitam a região dos bairros Cohab e Cohatrac, com especial atenção
para a juventude local.
Nessa entrevista exclusiva à Agência Baluarte, Renato
Dionísio comenta a realidade da política realizada em São Luís e ainda fala sobre
a cultura maranhense sob a perspectiva da ausência de reconhecimento e falta de
apoio a produtores e agentes culturais por parte do estado. Tece ainda comentários
sobre a oposição a qual integra, e ainda mostra-nos o fio de esperança que é
necessário à população ludovicense para
que a Cidade Patrimônio não afunde de vez no caos deixado pelos gestores já passados. Boa leitura.
Por Fernando Atallaia
Editor da Agência Baluarte
Agência Baluarte- Quais são suas
impressões da política praticada hoje na grande São Luís e mais precisamente na
capital do Estado?
Renato Dionísio- Desde que instituídas, no fim da ditadura militar,
as eleições para prefeito das capitais, São Luís jamais foi governada por
preposto do grupo (Grupo Sarney) que domina nosso estado há quase meio século,
o apelido de ilha rebelde, herdado do período pré- ditatorial, parece encarnou
o sentimento do povo desta ilha. Jamais conseguiram ter a maioria dos votos de
nossos concidadãos, qualquer que tenha sido a eleição. Assim, as administrações
embora legitimamente eleitas, sofrem desmedidas e cruentas perseguições, seja
através dos meios de comunicação de propriedade do grupo(Sarney)seja através
dos muitos agentes políticos ou até dos tribunais. Este estado de beligerância.
A falta de cooperação e entendimento, muitas vezes obriga o estado e o
município a executarem tarefas que fariam melhor e por menor custo se juntos
estivessem. De toda sorte, não se constitui exagero algum a afirmativa de que o
melhor de nosso estado está na capital, onde as políticas públicas têm maior
transparência e eficiência. Reconheço o esforço do prefeito recém- eleito. Sei
de sua determinação em oferecer serviços de qualidade e eficácia. Torço para
que ao final reconheçamos que valeu a pena nosso voto. Isto é que oxigena a
democracia.O empresário Renato Dionísio: análise das práticas políticas do Maranhão em entrevista à Agência Baluarte |
Agência Baluarte- Você
vê um certo fisiologismo político também presente nas administrações comandadas
pelas oposições maranhenses nos últimos anos?
Renato Dionísio- O fenômeno do fisiologismo neste país do jeitinho e da arrumação parece contaminar todas as esferas de poder em qualquer que seja o nível. No caso em que comento, não vejo como fator determinante de um perfil, mas tão somente como anormalidade de previsível acontecimento. Não sendo decisivo, torço para que as ações de governo, como é da natureza do prefeito Edivaldo Holanda, tenham a conduzi-las os princípios da universalidade, impessoalidade e igualdade entre outros. A grande maioria das pessoas que compõe o governo municipal tem história de luta e coerência política, assim, saberá preservar este legado de honestidade que pertence ao conjunto dos lutadores que construíram o coletivo que somos hoje, a esperança de mudanças.
Agência Baluarte- Como um homem ligado à cultura popular maranhense, em sua opinião o que falta ao Seguimento para que o Maranhão deslanche em nível nacional como um grande exponencial da cultura brasileira?
Renato Dionísio- Na verdade não falta muito além da vontade política dos dirigentes, sobretudo do governo estadual. Não precisamos construir proposta alguma cultural, isto sobejamente está alicerçada desde sempre, temos e não há como oferecer contradita uma cultura única e singular, o que não temos é como torna-la estadual e de todos os maranhenses: se ultrapassarmos Cururupu na baixada, nosso povo dialoga com a cultura do Pará. Se a direção for o sul o colóquio é com o Tocantins, finalmente após Caxias, nada falamos ouvimos que não seja influência do Ceará ou do Nordeste. Precisamos e com urgência, fazer cumprir as leis municipais que obrigam, no texto legal, sem poder de obrigar os meios de comunicação, a executarem em suas programações no mínimo vinte por cento de nossa música. É imperioso investimentos para divulgação fora do estado, como se justifica o Boi Bumbá, nascido de nossas entranhas, ser mais conhecido que o Bumba meu Boi, somente por uma mágica palavrinha, investimento. Necessitamos profissionalizar nossos agentes e mestres para que esta discussão alcance o resto do país.
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Interessante. Já ouvi este senhor falar outras vezes e nunca ouvi ele utilizando deste vocabulário... parabéns a Baluarte, por tirar leite de pedra.
ResponderExcluirA melhor entrevista que a baluarte já fez RENATO DIONÍSIO É UM MEDALHÃO DA POLÍTICA E DA CULTURA DO MARANHÃO VALEU AGENCIA BALUARTE VCS SAO MILL GILBERTO LUIS DA VILA PALMEIRA
ResponderExcluirShow de bola... Essa entrevista foi tudo gente... tudo e mais um pouco
ResponderExcluirCássia Regiane- Cohatrac 3
Renato Dionísio simplesmente brilhou como o vereador da cultura do maranhçao e eu simplesmente adorei essa entrevista. parabens meu povo.
ResponderExcluirRita Castro cohab pra valer
RENATO MERECE VOLTAR PARA CAMARA DE SAO LUIS, ONDE DESENVOLVEU MUITOS PROJETOS QUANDO FOI VEREADOR, VOLTA RENATO. SÃO LUÍS PRECISA DE VOCE GRANDE LÍDER.
ResponderExcluirRICARDO PRAZERES DA CAMBOA
Falou e disse. Entrevista showww. Dani Cohatrac 2
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